PUBLICADO EM 13 de abr de 2020
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Brasil tem 22.169 casos confirmados do covid-19 e taxa de letalidade sobe para 5,5%

Nas últimas 24 horas foram 1.442 novas confirmações; São Paulo é o estado que registar maior número de casos (8.755) seguido por Rio de Janeiro (2.855). Amazonas está com capacidade hospitalar perto do limite. Ministério da Saúde atualizou número no domingo, dia 12

Foto: Anderson Riedel/PR

De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde no domingo (12), o Brasil registra 22.169 casos confirmados do coronavírus e 1.223 mortes em decorrência da doença. Nas últimas 24 horas foram 1.442 novas confirmações, e com o aumento do número de óbitos, a taxa de letalidade da covid-19 é de 5,5%.

São Paulo concentra a maior parte das notificações, com 8.755 casos confirmados e 588 mortes, e apenas Tocantins não registra óbitos pela doença no país. Rio de Janeiro é o segundo estado com mais registros, são 2.855 casos e 170 mortes.

No entanto, o estado que mais preocupa é Amazonas, segundo o Ministério da Saúde, Manaus (AM) vive um cenário com muitas pessoas necessitando de hospitalização e com a capacidade de atendimento hospitalar próximo ao limite.

Em entrevista coletiva realizada no sábado (11) o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, anunciou que o estado receberá um reforço de médicos do programa Brasil Conte Comigo. A partir da segunda-feira (13), Amazonas começará a receber voluntários para participar da ação estratégica elaborada pelo Ministério da Saúde que está cadastrando profissionais das 14 áreas da saúde (serviço social; biologia; biomedicina; educação física; enfermagem; farmácia; fisioterapia e terapia ocupacional; fonoaudiologia; medicina; medicina veterinária; nutrição; odontologia; psicologia; e técnicos em radiologia).

Morte de indígena aldeado
O Brasil confirmou a primeira morte de um indígena morador de aldeia por causa do coronavírus. O jovem de 15 anos Alvanei Xirixana, da etnia Yanomami, faleceu na quinta-feira a noite no Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista.

O adolescente estava internado desde 3 de abril, mas já havia passado pelo hospital com os sintomas do novo coronavírus em 18 de março. Na primeira internação ele foi liberado. Há registros de que o jovem tinha enfrentado doenças como desnutrição, anemia e malárias e que por isso, estava com a saúde debilitada.

Segundo informações do Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, no território localizado entre os estados de Roraima e Amazonas vivem mais de 26 mil e 700 de cinco etnias e 366 aldeias. A Terra Indígena (TI) é considerada porta de entrada para alguns milhares de garimpeiros ilegais e autoridades da comunidade consideram que os garimpeiros podem ter levado o vírus para as aldeias.

Os yanomami já fizeram uma série de denúncias para o Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e para a Fundação Nacional do Índio (Funai), relatando não só o garimpo ilegal, mas a contaminação dos rios, e o uso de mercúrio vêm afetando a saúde da população indígena

Presidente descumpre recomendações

Apesar dos números e da situação que se agrava cada vez mais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) continua minimizando os riscos da doença e incentivando a população a voltar às ruas. Na sexta-feira da Paixão ele novamente saiu do Palácio do Alvorada para um passeio por Brasília. Sem máscara, ele cumprimentou apoiadores com apertos de mão e ficou em meio a aglomerações, causadas pela presença do presidente.

Bolsonaro esteve Hospital das Forças Armadas, foi a uma farmácia e a um prédio residencial, onde teria feito uma visita ao filho mais novo, Jair Renan. Aos jornalistas que o acompanhavam, o chefe do poder executivo afirmou que ninguém vai tirar dele o direito de ir e vir.

Ontem, em uma transmissão online com líderes religiosos evangélicos, Bolsonaro disse “parece que está começando a ir embora essa questão do vírus”. No entanto, o presidente não explicou de onde tirou a informação e nem deu números para comprovar o cenário.

Fonte: Brasil de Fasto

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