O economista Paulo Gala — que é professor na FGV-SP e conselheiro da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) —, fez breve resumo do que ele chama de as “5 boas notícias da economia brasileira”. Que são: 1) queda no desemprego, 2) crescimento econômico sustentado, 3) aumento do investimento, 4) superávit comercial robusto e 5) expansão do mercado de capitais.
Depois de quase 5 mandatos, o lulismo já disse a que veio, daí para mais é preciso colocar nesse processo o fator povo, no sentido orgânico. Isto é, não apenas como elemento retórico e/ou simbólico. A despeito de críticas, principalmente à esquerda, é preciso entender os limites do lulismo.
Nestas últimas 4 semanas, o Brasil foi sacudido por notícias e fatos originários do Congresso Nacional, em particular, produzidos pelos parlamentares bolsonaristas. É a chamada pauta da extrema-direita ou agenda “ideológica” — a agenda bolsonarista —, que divide o País e dá saltos para trás, no sentido civilizatório. Por trás dessa “pauta ensandecida” do […]
Os trabalhos da CPI da Covid-19 se encerram em 20 de outubro com a votação e, com certeza, aprovação do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL). A comissão foi incomensurável vitória da democracia contra os obscurantismos de Bolsonaro, do governo sob a liderança dele, e do bolsonarismo que teve que se confrontar com muitas realidades que negavam.
Se o presidente da República Jair Bolsonaro tivesse inteligência acima da média, o Brasil, provavelmente, estaria mais ferrado. Felizmente não tem. Na verdade, o presidente está abaixo da média, para a relevância do cargo que ocupa e a importância do País no cenário internacional. Mas isto não o atrapalha. Talvez, ao contrário.
Para alojar o senador Ciro Nogueira (PP-PI) no comando da Casa Civil, o presidente Jair Bolsonaro teve de promover minirreforma ministerial. Nessa mexida das peças do tabuleiro, o presidente recriou o Ministério do Trabalho e Previdência, por meio da MP (Medida Provisória) 1.058, de 27 de julho, cujo texto foi publicado no DOU (Diário Oficial da União) desta quarta-feira (28).
Impressionante como a democracia brasileira e suas instituições mostraram-se frágeis quando foi exposta ao extremismo de direita. A “roda da história” também pode girar para trás. O País retroagiu. Que a investigação possa lançar luz e apontar caminhos razoáveis diante das tragédias que se abateram sobre o Brasil — a eleição de Bolsonaro e a pandemia do novo coronavírus, com todas as suas inconsequências.
O debate sucessório começou no 1º dia de mandato de Bolsonaro. No discurso de posse, o presidente da República abriu a sucessão. Ao invés de convocar o povo e as forças políticas à união para superação dos graves e endêmicos problemas nacionais fez o oposto. Trata-se, pois, de figura política fora da curva. Para dizer o mínimo, com elegância. Embora o artigo da jornalista Mariliz Pereira Jorge tenha sido invulgar. Aquele em que ela o nomina com vários adjetivos e que ele “assina o recibo”.
Candidatura para afirmar “independência” e ter 10 ou 15 minutos de ribalta para denunciar o “entreguismo do governo e suas políticas de destruição do Estado de bem-estar social” é desejar “ocupar o olimpo” de forma fugaz. A esquerda, nesse caso, não está diante da “escolha” ou “dilema de Sofia”.
O objetivo deste brevíssimo artigo é tentar lançar luz sobre essa incompreensão da militância de esquerda, que a deixa perplexa no debate político, nas redes e nas ruas, e que, portanto, a desalenta — que é o inconformismo ou revolta com o chamado “pobre de direita”. Vamos tentar entender esse “fenômeno”.
Esta não é uma eleição entre candidato A ou candidato B. Esta é uma eleição entre ser livre ou subserviente; ser fiel à democracia ou ser aliado do autoritarismo; ser parceiro da ciência ou ser conivente com o negacionismo; ser fiel aos fatos ou ser devoto de fake news”, sustenta documento assinado, nesta sexta-feira (17), por 11 partidos em favor de candidatura de oposição à do governo na Câmara.
No último dia 11 de novembro, a Reforma Trabalhista (Lei 13.467/17) completou 3 anos e ninguém comemorou, nem timidamente. Por quê? É como diz o ditado popular e politicamente incorreto: ‘filho feio não tem pai’. Entre a expectativa gerada pelos autores, o governo de então, os empresários, que patrocinaram, defenderam e atuaram fortemente no Congresso para aprova-la, a mídia e a realidade, restou a dura realidade. Ao fim e ao cabo, a contrarreforma foi o ‘Cavalo de Tróia’ usado pelo capital para implodir os direitos trabalhistas.
Há 3 anos em vigor, a Reforma Trabalhista (Lei 13.467, sancionada em julho de 2017) — começou a viger em 11 de novembro de 2017 —, trouxe profundas e devastadoras alterações na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que prejudicou largamente os trabalhadores.
Há 1 impasse objetivo que envolve as chamadas esquerda e centro-esquerda, que vai precisar ser equacionado olhando para o futuro e pensando generosamente no povo brasileiro e no Brasil. Esse impasse evidenciou-se mais ainda nestas eleições municipais. Esses 2 matizes políticos separados (PT e PDT) não ganham. Pior para esses. Pior para o Brasil e o povo brasileiro.
As grandes, graves, profundas, amplas e severas crises globais como a que ora vivemos, têm o poder de expor as “vísceras” sociais de qualquer sociedade. A pandemia do coronavírus já está demostrando o que é fundamental para enfrentá-la adequadamente — Estado e organização social, no sentido de organização da população. Sem estes 2 elementos, nenhuma sociedade moderna conseguirá se sobressair. Além de outros, por óbvio, mas a pauta aqui é mais específica. Como explicitado no título.
“Lembrar que depois da gripe espanhola [1918], o mundo demorou a agir e enfrentou a crise de 1929 e o nazismo. Desta forma, além de abandonar a ética da acumulação e do egoísmo, talvez fosse interessante abrir os livros de história com mais frequência para evitar a repetição dos mesmos erros.” Sandro Ari Andrade de Miranda, advogado (Ufpel) e doutorando em sociologia.
Os desafios são enormes e vão exigir dos dirigentes sindicais larga e profunda compreensão dessa dura realidade política, que é conjuntural, mas também é histórica e estrutural, em que se encontra o Mundo do Trabalho e suas relações e o País, ora sob a direção de uma direita extremada, inimiga da classe trabalhadora e de […]
Elaborar e construir essa agenda da classe trabalhadora no Congresso Nacional dará visibilidade e recolocará esse relevante ator social no debate da grande pauta do País e vai permite disputar com outros atores sociais o que de fato interessa e é importante para o Brasil. A pergunta que dá título a este artigo é relativamente […]
Mesmo que a lei desobrigue, os sindicatos precisam voltar orientar os trabalhadores e trabalhadoras, que em caso de demissão é necessário procurar a entidade sindical para receber informações e orientações, a fim de evitar prejuízos insanáveis no ato da rescisão do contrato de trabalho. Notícia veiculada pelo jornal O DIA, do Rio de Janeiro, em […]
As instituições mais confiáveis ou bem avaliadas hoje, segundo pesquisa, são: bombeiros (29,1%), igreja (25,8%), Forças Armadas (11,7%) e polícia (7,1%). Esses dados revelam, em grande medida, a atual onda conservadora e punitivista em curso na sociedade brasileiro.
Para asseverar que 2019 foi de fato ano trágico para os trabalhadores, em junho, o portal do Senado veiculou que “Pela primeira vez na história, o Brasil foi incluído na lista dos 10 piores países do mundo para a classe trabalhadora pelo Índice Global de Direitos”, divulgado na semana em que foi realizada a 108ª Conferência Internacional do Trabalho, ligada à ONU (Organização das Nações Unidas).
O que se apresenta como novo e desafiador é preciso investigar para que não se tente resultados novos e diferentes tendo velhas e carcomidas práticas. Não adianta tentar ou querer enxergar o novo, com olhar velho e embaçado. Novos desafios impõem novas práticas.
Que agenda é essa? De que instituição ou estamento? Dos trabalhadores. Do movimento sindical. E para além da greve geral desta sexta-feira (14). Todos os estamentos da sociedade civil demandam o Congresso Nacional, que está em disputa, ainda que seja majoritariamente liberal-conservador. Liberal, do ponto de vista econômico, e conservador, do ponto de vista dos […]
O país está sem rumo e sem perspectivas. Bolsonaro só está há 5 meses no exercício do mandato, mas movimenta-se e comporta-se como se estivesse nos estertores. A convocação, pelo presidente da República, de manifestação para o próximo domingo (26), com o objetivo de emparedar o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal não deve […]
No Congresso não é diferente, cuja pauta do governo não é apenas a reforma da Previdência, em fase de audiências públicas, na comissão especial. As comissões mistas aprovaram e agora serão votadas no plenário da Câmara, as medidas provisórias (MP) 870 e 871. A 1ª reestrutura os ministérios. A 2ª dificulta acesso aos benefícios previdenciários do Regime Geral, a cargo do INSS.
Essas tentativas de desdizer a história e os fatos políticos históricos estão dentro de plano estruturado de manter sempre a oposição dispersa debatendo “fumaça”. É um ardil, que precisa ser evitado a todo custo. Por Marcos Verlaine A dispersão mais recente parte do novo ministro da Educação, o economista e professor Abraham Weintraub empossado pelo […]
Pauta político-institucional esvaziada, “zum zum zum” crônico e “bateção de cabeça” marcam os 1ºs 3 meses de governo. Não há 1 semana em que o presidente não esteja envolvido numa crise ou cometa alguma gafe que atrapalhe as articulações do Planalto, seja no Congresso, seja na sociedade.
Toda vez que o presidente estiver em situação de defensiva semelhante às ocorridas nas manifestações do Carnaval mobilizará seu “exército” e apontará um biombo para dispersar e desviar a “atenção das questões centrais” do País. Por Marcos Verlaine O Carnaval de 2019 foi um dos mais politizados dos últimos tempos. Massas de foliões, espontaneamente, saíram […]
Salvo melhor juízo ou novidade que surja ao longo do debate político pós sucessão, 3 elementos ou fenômenos eleitorais contribuíram sobremodo para a vitória do ex-deputado federal Jair Bolsonaro: o “bolsonarismo”, o antipetismo e o desalento político. Por Marcos Verlaine Dragada por profunda crise, que começou com as jornadas de junho/julho de 2013, a sociedade […]
Estamos falando de temas como a Reforma Trabalhista, a terceirização da mão de obra, o Teto de Gastose o pré-sal. Munidos destas informações, os dirigentes sindicais precisam fazer chegar ao conhecimento dos trabalhadores quem são os inimigos da classe trabalhadora, que na campanha dizem uma coisa e na prática fazem outra.
A cada debate ou sabatina com os presidenciáveis fico ansioso para ver o candidato sendo “espremido” pelos jornalistas com perguntas inteligentes sobre os problemas relevantes do País. Mas não é o que tem acontecido.
Para tentar mudar esse quadro que se anuncia decepcionante e catastrófico mandando de volta para o Congresso a grande maioria de deputados e senadores que votaram contra o povo e os trabalhadores será preciso mais que otimismo. Será preciso muito trabalho daqui até o derradeiro dia da eleição.
Divulgar à exaustão como os congressistas votaram, ajuda o/a eleitor/a a compreender e conhecer a atuação dos parlamentares e também comparar o discurso de campanha com a prática política, a fim de confrontar o que disse em campanha e o que fez no exercício do mandato para expor a coerência política dos representares do povo […]
O que poderá ser feito, se for rápido, é 1 campanha ousada e inteligente por parte do TSE, mostrando as consequências nefastas para população, sobretudo a mais pobre, caso não compareça para votar ou vote em branco ou anule o voto. A 4 meses das eleições de outubro já é possível antecipar 1 tragédia anunciada. […]
Com política e sindicalismo autêntico. As categorias precisarão organizar-se nacionalmente. Investir na formação dos dirigentes e dos militantes de base será imprescindível. Investir em comunicação, a fim de melhorar essa capital ferramenta que sustenta, com a política, a organização dos trabalhadores é urgente. A Reforma Trabalhista ainda é novidade para todos, em particular para as […]
Brasil Um País com profundos contrastes e contradições, desequilíbrios, injustiças e desigualdades crescentes. Mergulhado numa profunda crise política, econômica, social e ético-moral, que fez aflorar uma direita raivosa, rancorosa, vingativa, violenta e fascistóide! Entre as manifestações de junho e julho de 2013; a reeleição de Dilma, em 2014 e o seu impeachment, em 2016; todos […]
Essa histeria de setores da sociedade brasileira contra a corrupção, estimulada pela grande mídia, ajuda a esconder o debate que de fato interessa ao povo brasileiro. Os números são reveladores. Vamos compará-los, refletir sobre e questioná-los. Isto poderá ajudar a entender a quem interessa esse “não debate” que consome o país. E por quê?