PUBLICADO EM 20 de abr de 2018
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Sinpro Minas: professores recusam proposta patronal e aprovam greve

Em assembleia nesta quinta-feira (19), cerca de 1,5 mil professores e professoras do ensino privado de Minas Gerais rejeitaram novamente a proposta patronal e denunciaram a precarização do ensino manifesta pelos empresários.

O motivo principal do impasse é o fato de a proposta dos patrões não respeitar as cláusulas da convenção coletiva da categoria. Prevê, por exemplo, o fim da bolsa de estudos aos filhos de professores(as), fim da representação sindical e a adoção do trabalho intermitente, entre outras medidas.

A categoria aprovou estado de greve a partir de hoje. Uma nova paralisação está convocada para a terça (24), com assembleia às 17h no espaço democrático (hall) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Leia abaixo o manifesto divulgado pela categoria:

Basta de retrocessos!

O sindicato patronal mente. Ao contrário do que vem alegando, não houve mal entendido em relação à pauta maluca enviada por escrito pela entidade, e ela mexe, sim, para pior, em quase todas as cláusulas de nossa convenção coletiva.

*Acesse proposta patronal (SINEP/MG) na íntegra: contraproposta SINEP/MG – 2018

Por isso não haverá aulas no próximo dia 19/04. Às 10 horas deste dia, quinta-feira, estaremos reunidos em assembleia para decidir os rumos de nossa campanha reivindicatória no Espaço Democrático (hall) da Assembleia Legislativa.

No último dia 7, sábado, com o auditório do Sinpro lotado, professoras e professores rejeitaram, por unanimidade, as mudanças propostas pelo Sinep e decidiram programar uma grande assembleia com paralisação das atividades.

Estamos diante de uma verdadeira bomba nas costas da categoria. A verdade é que querem provocar um tremendo retrocesso às nossas conquistas feitas com muita luta ao longo de décadas.

Os patrões parecem preconizar a precarização do ensino. Não valorizam o tempo de dedicação das professoras e professores às escolas. Seus filhos, por exemplo, não poderão ter direito a bolsa de estudos.

O patronal quer também o fim das bolsas na área da saúde e o fim do piso salarial das escolas (valerá só o piso salarial da categoria, ou seja, acabará a isonomia salarial dentro das escolas); pretendem o fim do direito da representação sindical, e, como se tudo isso não bastasse, no vácuo da reforma trabalhista, querem impor o maldito contrato de trabalho intermitente, entre outras maluquices.

Fonte: Portal CTB

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