PUBLICADO EM 20 de mar de 2021
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Volkswagen suspenderá produção no Brasil por agravamento da pandemia

A medida valerá para todas as fábricas da empresa no país por 12 dias corridos, a partir de 24 de março. Na última quinta (18), o Brasil registrou 2.659 mortes por Covid-19.

A Volkswagen anunciou nesta sexta (19) que suspenderá a produção de veículos no Brasil pelo agravamento da pandemia da Covid-19. A medida valerá para todas as unidades da empresa no país entre os dias 24 de março e 4 de abril.

De acordo com a marca, a decisão foi tomada diante do crescimento do número de casos da pandemia e da taxa de ocupação dos leitos de UTI no país. “A empresa adota esta medida a fim de preservar a saúde de seus empregados e familiares”, disse em comunicado.

Ainda segundo a Volkswagen, serão mantidas apenas atividades essenciais nas fábricas e os funcionários das áreas administrativas atuarão em trabalho remoto.

A paralisação atinge as quatro fábricas da marca no país: São Bernardo do Campo (SP), que produz os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro, Taubaté (SP), que faz Up, Gol e Voyage, São Carlos (SP), responsável pela produção de motores, e São José dos Pinhais (PR), de onde saem Fox e T-Cross.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT já havia buscado negociação com ANFAVEA – PAUTA – 150321.

O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, filiado à Força Sindical  disse que a fabricante de caminhões e ônibus Volvo também suspenderá a produção na próxima semana, mas a empresa não confirmou.

Mercedes-Benz e Toyota informaram que o tema está em discussão com os sindicatos e que vão seguir as diretrizes de autoridades locais. Hyundai e Renault disseram estar atentas ao avanço da covid, mas ainda não tomaram decisões.

No caso da General Motors, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, também filiado à Força Sindical,  Aparecido Ignácio da Silva, disse que encaminhou carta à direção da empresa na quinta-feira solicitando a concessão de licença remunerada aos funcionários de 24 de março a 4 de abril.

Segundo ele, a empresa se dispôs a adotar a medida mas, ao levar o caso à Anfavea (associação das montadoras) para que a parada ocorresse em todas as empresas, não houve consenso. A fábrica do grupo em Gravataí (RS) já está parada e a de São José dos Campos (SP) opera parcialmente por causa da falta de componentes para a produção, situação que deve se prorrogar por dois meses ou mais.

A Anfavea informou que “a decisão está a cargo de cada montadora, sempre em avaliação da situação sanitária de cada região do País, e em diálogo com os respectivos sindicatos”. A entidade vem se reunindo desde o início da semana com dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que defende a necessidade urgente de paralisação das fábricas devido ao avanço da pandemia. Só na região do ABC, segundo o sindicato, mais de 5 mil pessoas morreram após contraírem a covid-19.

Compra de vacinas
Em nova reunião ocorrida nesta sexta-feira, 19, o presidente do sindicato, Wagner Santana, confirmou que não houve acordo para paralisação imediata de todas as empresas. Ele disse que continuará em contato com as demais montadoras da região – Mercedes-Benz, Toyota e Scania – reivindicando a paralisação das atividades. O sindicato também pediu às montadoras que adquiram vacinas e insumos para o Sistema Único de Saúde (SUS).

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