PUBLICADO EM 26 de set de 2019
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Trabalhadores da Volks aprovam renovação de acordo e discutem layoff e férias coletivas

Em assembleia na tarde de ontem, os trabalhadores na Volks, em São Bernardo, aprovaram a renovação do acordo de final de semana negociado entre o Sindicato e a direção da fábrica.

Foto: Adonis Guerra/SMABC

O acordo estabelece que quem trabalhar aos sábados e domingos terá adicional de 100% e uma folga durante a semana.

A representação também tratou sobre o alto custo do plano médico dos aposentados, manutenção dos postos de trabalho, layoff, férias coletivas e os problemas estruturais que envolvem o túnel em frente à fábrica.

O coordenador da representação, Wagner Lima, lembrou que é preciso discutir temas políticos que afetam diretamente a vida dos trabalhadores. “Não estamos numa bolha, o que acontece lá fora influencia aqui dentro da fábrica. A indústria está perdendo força no país, por isso temos que discutir os temas que afetam o futuro de cada trabalhador”.

O dirigente citou as medidas que tiram direitos da classe trabalhadora como a reforma Trabalhista, a reforma da Previdência e a PEC que congelou investimentos públicos por 20 anos.

Wagner Lima também criticou a postura do governador de São Paulo e do prefeito de São Bernardo que em conjunto com o presidente da fábrica tentam esconder as notícias ruins e falam que a Volks vem ganhando mercado. “Nós temos que debater acordos para manter postos de trabalho. Eu estava na Alemanha, mas o governador e prefeito se esconderam lá, não apareceram para fazer o debate sobre investimento”.

Durante a assembleia a companheirada também foi convocada a fazer uma paralisação para reivindicar melhorias no túnel no quilômetro 23,5 da Via Anchieta por onde passam, em média, 350 pessoas diariamente.

Layoff

Os trabalhadores foram oficialmente informados sobre o layoff para mais de 1.400 trabalhadores em 2020 e sobre as férias coletivas para os dois turnos com início em 2 de dezembro. “O layoff começa logo após as férias coletivas, com retorno previsto para maio ou junho. Mas podem ter confiança neste sindicato e nessa representação que não vai ter demissão”, destacou o coordenador.

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