Na foto, goteiras que inviabilizam atividades no colégio Andradas II, no bairro Aparecida, conforme denúncia de servidores sindicalizados

Neste momento em que trabalhadores públicos e da iniciativa privada sofrem ataques em seus direitos, com o poder aquisitivo diminuído por baixos salários e alto custo de vida, sindicalizar-se é uma necessidade.

Por mais que o governo, imprensa, empresários e outros setores denigram a imagem dos sindicatos e seus dirigentes, os assalariados sabem que ali podem conseguir ajuda para diminuir seus problemas.

Por meio da luta sindical organizada, muitas categorias têm garantido direitos, têm conseguido benefícios econômicos, ainda que pequenos, e melhorado suas condições de trabalho.

Esse foi um dos temas da ‘live’ semanal do Sindest, na noite desta terça-feira (11). “Se a situação é difícil para a maioria, sem os sindicatos seria pior”, disse o diretor Carlos Alberto Reis Nobre ‘Carlinhos’.

Sindest é o sindicato dos 12 mil servidores municipais estatutários de Santos e 4 mil aposentados. Suas ‘lives’ são transmitidas pelo Facebook e Youtube, com interação da categoria e público externo.

“Os trabalhadores precisam estar unidos”, disse Carlinhos, diretor de assuntos profissionais. Ele, mais os diretores de comunicação e administrativo, Daniel Gomes e Rogério Catarino, falaram na ‘live’.

Governos de mentiras

Conduzido pelo jornalista e radialista Willian Ribeiro, o programa abordou diversos temas, mas a necessidade de fortalecimento dos sindicatos tomou boa parte do tempo.

“Somos constantemente atacados e enganados pelo sistema”, disse Daniel. “Na reforma trabalhista, (o então presidente da república) Michel Temer (MDB) prometeu 7 milhões de empregos. Onde estão?”.

“Por meio de intensa propaganda e de notícias mentirosas, o governo Bolsonaro prometeu mundos e fundos com a reforma da previdência. E o que fizeram? Acabaram com o direito à aposentadoria”.

Daniel alertou que, com a reforma administrativa, o processo se repetirá: “Montaram outra arapuca, desta vez para revogar direitos dos servidores e deixar a população sem assistência do estado”.

O diretor administrativo, Rogério Catarino, defendeu que o sindicalismo seja feito nas bases, sempre mostrando os direitos conquistados por meio das campanhas salariais.

“Temos que perguntar aos servidores, por exemplo, que direitos havia antes da constituição de 1988, quando foram criados os nossos sindicatos”, disse o dirigente.

Andradas, Samu e Guarda Municipal

Rogério, Daniel, Carlinhos e também Willian ressaltaram o movimento ‘Basta’ para impedir a reforma administrativa e lutar organizadamente, em nível nacional, na defesa do funcionalismo.

O ‘Basta’ está organizado nacionalmente e, na baixada santista, agrupa os sindicatos de servidores que têm participado de atividades presenciais e virtuais em defesa da categoria.

Eles se posicionaram também contra as terceirizações dos serviços públicos, defenderam que as aulas presenciais sejam precedidas de vacinação total dos professores e lamentaram as mortes por covid-19.

Por fim, os sindicalistas abordaram problemas de infraestrutura na unidade municipal de ensino (ume) Andradas II, localizada no conjunto residencial Castelo Branco, no bairro Aparecida.

Segundo eles, os problemas já foram denunciados há três anos sem que a prefeitura os resolvesse. Sempre que chove, há muitas goteiras e ocorrências de choques elétricos nos educadores, funcionários e alunos.

Disseram também que o mesmo problema atinge a base do serviço de atendimento móvel de urgência (samu) e da guarda municipal na praia, mobilizando o pessoal e o sindicato.

Fábio melhora

Os diretores e o apresentador citaram várias vezes o presidente do sindicato, Fábio Marcelo Pimentel, que está em acentuada melhora no tratamento contra a covid-19, na Santa Casa.

O sindicalista já saiu da máscara de oxigênio e agora está apenas no catéter, sem isolamento, já que seu quadro não é mais contagioso. Segundo familiares, ele sempre revela gratidão aos profissionais que o atendem.

A ‘live’ está disponível no ‘link’