PUBLICADO EM 28 de jun de 2018
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O último ensaio de Stephen Hawking  sobre o Cosmos acaba de ser publicado

Segundo uma versão simplificada do que ele diz, os cientistas acreditam que nosso universo brota para a existência com o Big Bang, seguido por uma inimaginável rápida expansão, conhecida como dilatação.

(NOVA IORQUE) – Semanas depois de sua morte, o físico Stephen Hawking entregou seus últimos pensamentos sobre a natureza do cosmos. E ele disse que pode ser mais simples do que sempre se acreditou.

Bem, mais simples se você entende teoria física, de qualquer modo. Para o resto de nós, permanece incompreensível.

Um ensaio que esboça sua visão, escrito com Thomas Hertog, da Universidade de Leuven, na Bélgica, antes da morte de Hawking em março, foi publicado pelo “Journal of High Energy Physics” (nota: Jornal de física de alta energia). Hertog havia anunciado a nova teoria no último ano, numa conferência celebrando o aniversário de 75 anos de Hawking.

A Universidade de Cambridge, onde Hawking trabalhou, anunciou a publicação na quarta-feira.

Segundo uma versão simplificada do que ele diz, os cientistas acreditam que nosso universo brota para a existência com o Big Bang, seguido por uma inimaginável rápida expansão, conhecida como dilatação. Dentro do universo observável, a dilatação acabou há muito tempo atrás.

Mas algumas ideias de dilatação dizem que ela nunca para, persistindo em outras regiões do cosmos para sempre. Essa eterna dilatação produz um “multiverso”, uma coleção de universos de bolso, dos quais nosso próprio universo é apenas um.

Pode haver um número infinito desses universos de bolso. Se todos eles são muito diferentes, então quão é típico o universo em que nós vivemos, onde os cientistas fazem suas observações?

Essa é uma pergunta chave para entender as leis fundamentais da natureza, e encontrar um modo de estimar que tipos de universos são prováveis é um grande desafio, disse o professor de física David Kaiser, do instituto de Tecnologia de Massachusetts.

Muitas pessoas tentaram atacar essa questão, mas Hawking a abordou de um ponto de vista moldado por seu longo estudo da intersecção da teoria quântica e da gravidade, ele disse.

O ensaio de Hawking sugere que deve haver uma variedade de possibilidades muito menor para tipos de universo do que estimativas anteriores haviam sugerido. Então “o comportamento do nosso próprio, observável universo pode não ser um raro maciço isolado, mas talvez (seja) relativamente típico”, Kaiser disse em um e-mail.

“Naturalmente”, Kaiser disse, “isso é tudo bastante especulativo”.

Avi Loeb, do Centro para Astrofísica de Harvard-Smithsonian chamou-o de “um ensaio estimulante, mas não revolucionário”.

Fonte: time.com

Tradução: Luciana Cristina Ruy

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