PUBLICADO EM 23 de out de 2017
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No Mato Grosso do Sul, JBS deve retomar operações

Segundo integrantes da CPI da Assembleia Legislativa do Estado que investiga irregularidades fiscais da empresa, houve um acordo com representantes do frigorífico para liberar valores que estavam bloqueados em troca de garantias; bloqueios somam cerca de R$ 620 milhões; com o acordo, as atividades de compra de bois e abates serão retomadas; atividades das sete unidades de carne de bovina do o grupo JBS, dono da Friboi, no Estado de Mato Grosso do Sul estão paralisadas desde a última quinta-feira, 18; bloqueio dos recursos ocorreu a pedido da CPI instaurada em julho pela Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul, para investigar a denúncia realizada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista de pagamento de diversas “notas fiscais frias” emitidas por pessoas físicas ou jurídicas entre os anos de 2010 a 2017

A JBS deve retomar as operações em suas unidades de carne bovina em Mato Grosso do Sul na terça-feira, 24. Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Irregularidades Fiscais e Tributárias da Assembleia Legislativa do Estado se reuniram na tarde de sexta-feira, 20, com representantes da JBS, da Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul) e sindicatos locais e, segundo eles, houve um acordo para que as atividades de compra de bois e abates sejam retomadas.

Conforme o acerto, a empresa pode obter a liberação de valores que estavam bloqueados em troca de novas garantias. Eles não disseram quais. Os bloqueios somam cerca de R$ 620 milhões.

Entenda. As atividades das sete unidades de carne de bovina do o grupo JBS, dono da Friboi, no Estado de Mato Grosso do Sul estão paralisadas desde a última quinta-feira, 18.

O bloqueio dos recursos ocorreu a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada em julho pela Assembleia Legislativa do Estado do Mato Grosso do Sul. O órgão foi criado para investigar a denúncia realizada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista de pagamento de diversas “notas fiscais frias” emitidas por pessoas físicas ou jurídicas entre os anos de 2010 a 2017.

Pedro Corrêa, presidente da CPI, afirmou que o grupo é réu confesso, uma vez que em delação premiada confessaram a prática para obter, em contrapartida, concessão indevida de benefícios fiscais pelo Estado. “A gente aceita negociar o desbloqueio desde que a companhia conceda garantias reais em troca dos recursos e se comprometa a manter empregos e as fábricas em operação no Estado”, disse Corrêa. que quer um acordo de leniência estadual.

A decisão colocou os pecuaristas do Mato Grosso do Sul em alerta. Francisco Maia, presidente da Frente Nacional dos Pecuaristas (Fenapec) e membro da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), disse que a essa suspensão vai afetar diretamente os produtores do Estado, onde a JBS responde por cerca de 60% do abate. “O reflexo vai ser sentido diretamente no preço da arroba do boi, que hoje está entre R$ 140 e R$ 145, dependendo do tipo de gado. Os outros frigoríficos não terão escala para absorver essa produção.”

Em nota, JBS afirmou que os trabalhadores vão continuar recebendo seus salários até que a companhia tenha uma definição sobre o tema. “A JBS esclarece que está empenhando seus melhores esforços para a manutenção da normalidade das suas operações e trabalha para proteger seus 15 mil colaboradores diretos e 60 mil indiretos em Mato Grosso do Sul.”

 

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