PUBLICADO EM 03 de maio de 2018
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‘Lamentável e inadmissível usar dinheiro do FAT para pagar dívida’, diz nota da Força

O Congresso aprovou nesta quarta-feira (2) um remanejamento de R$ 1,16 bilhão no Orçamento federal para cobrir calotes dados por Moçambique e Venezuela em obras e serviços financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e pelo Credit Suisse. Força Sindical emitiu nota oficial para alertar que o governo deve ter sensibilidade social e vetar uso do dinheiro dos trabalhadores para pagar dívidas da Venezuela e de Moçambique.

Diante de tal medida, que segue para sanção presidencial, a Força Sindical emitiu nota oficial para alertar que o governo deve ter sensibilidade social e vetar uso do dinheiro dos trabalhadores para pagar dívidas da Venezuela e de Moçambique. “Lamentável e inadmissível esse posicionamento. Fica muito fácil fazer cortesia com o chapéu dos outros, principalmente quando esses “outros” não têm moradias adequadas, saúde de qualidade, educação para seus filhos e convivem diuturnamente com o desemprego, taxas e tributos nas alturas e juros elevados”, diz o texto.

A nota, assinada pelo presidente da Central, Paulinho da Força, e o secretário-geral, João Carlos Juruna, ressalta que o movimento sindical sempre defendeu o aumento das parcelas do seguro-desemprego com a finalidade de suprir as necessidades dos trabalhadores nesse momento difícil, e sempre ouviu do governo a alegação de que não havia verba para que tal medida fosse tomada. “como por um “passe de mágica”, surge este mais de R$ 1 bi para suprir um buraco de países que nada tem a ver com a realidade brasileira e com os trabalhadores do País.”

Os sindicalistas finalizam o texto rechaçando a possibilidade da utilização deste dinheiro dos trabalhadores a este tipo de finalidade, resultado de políticas nefastas de governos anteriores. Confira a seguir a íntegra da nota:

Governo deve ter sensibilidade social e vetar uso do dinheiro dos trabalhadores para pagar dívidas da Venezuela e de Moçambique

É absurda a aprovação, pelo Congresso Nacional, de um “remanejamento” de R$ 1,16 bi no orçamento federal (que sintetiza, na definição, recursos provenientes dos tributos que todos os brasileiros pagam) para cobrir os calotes aplicados por Venezuela e Moçambique quanto a obras e serviços financiados pelo BNDES.

Este dinheiro, oriundo do conjunto dos trabalhadores do País, será retirado do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), no programa seguro-desemprego. É preciso sensibilidade social por parte do atual ocupante do Palácio do Planalto no sentido de vetar esta matéria perversa.

Lamentável e inadmissível esse posicionamento. Fica muito fácil “fazer cortesia com o chapéu dos outros”, principalmente quando esses “outros” não têm moradias adequadas, saúde de qualidade, educação para seus filhos e convivem diuturnamente com o desemprego, taxas e tributos nas alturas e juros elevados.

É importante ressaltar que o movimento sindical sempre defendeu o aumento das parcelas do seguro-desemprego com a finalidade de suprir as necessidades dos trabalhadores nesse momento difícil, e sempre ouviu do governo a alegação de que não havia verba para que tal medida fosse tomada. E agora, como por um “passe de mágica”, surge este mais de R$ 1 bi para suprir um buraco de países que nada tem a ver com a realidade brasileira e com os trabalhadores do País.

Não podemos admitir, em hipótese alguma, a utilização deste dinheiro dos trabalhadores a este tipo de finalidade, resultado de políticas nefastas de governos anteriores.

Paulo Pereira da Silva – Paulinho, Presidente da Força Sindical e deputado federal

Joao Carlos Gonçalves, Juruna, Secretário Geral da Força Sindical

Registramos aqui o primeiro voto de Osvaldo Olavo Mafra, deputado federal do Solidariedade-Santa Catarina e presidente da Força Sindical naquele estado. Confira o voto Aqui

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