PUBLICADO EM 06 de fev de 2019
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“Governo novo, política econômica velha”, avalia Força Sindical

A Força Sindical avaliou a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de manter a taxa Selic em 6,5%. “O novo governo vai seguir prestando um desserviço à classe trabalhadora e à sociedade brasileira”, diz o texto assinado por Miguel Torres, presidente da Central.

Foto: Tiago Santana

Esta é a sétima vez consecutiva que os membros do Copom optaram pela manutenção da taxa, e de acordo com a Central a decisão demonstra que o novo governo deverá manter a mesma política econômica do governo anterior, com excesso de conservadorismo.

De acordo com Torres, infelizmente a política econômica continuará atendendo única e tão somente aos interesses dos banqueiros e dos grandes especuladores. “Esta política econômica não ajuda em nada a combater de forma eficaz o desemprego”, alerta Torres.

O sindicalista reitera ainda que a taxa Selic continua extremamente proibitiva. “Aqueles que dirigem a economia do País deixam escapar, novamente, a oportunidade de apostar todas as suas fichas no setor produtivo”.

A próxima reunião do Comitê vai ocorrer nos dias 19 e 20 de março. Confira a seguir a nota da Força Sindical na íntegra:

NOTA TAXA SELIC

Governo novo, política econômica velha

O excesso de conservadorismo do Copom (Comitê de Política Monetária), em sua primeira reunião após Jair Bolsonaro assumir o governo, nos mostra, ao manter novamente a taxa Selic inalterada, e em patamar elevado, que o novo governo vai seguir prestando um desserviço à classe trabalhadora e à sociedade brasileira.

Diante da decisão de manter pela sétima vez consecutiva a taxa Selic, só podemos crer, infelizmente, que a política econômica continuará sendo a mesma adotada pelo governo anterior, ao atender única e tão somente aos interesses dos banqueiros e dos grandes especuladores.

Reiteramos que o governo, ao adotar uma política econômica que, por um período de alguns meses, reduziu os juros no estilo “conta-gotas” e, nas últimas reuniões, decidiu por conservar a taxa nos atuais 6,5% ao ano, não ajuda em nada a combater de forma eficaz o desemprego.

A taxa Selic continua extremamente proibitiva e, mais uma vez, o Brasil, em razão do excessivo conservadorismo daqueles que dirigem a economia do País, deixa escapar a oportunidade de apostar todas as suas fichas no setor produtivo.

Esperamos que o governo, nas próximas reuniões do Copom, adote uma política contundente de redução da taxa Selic, para que assim tenhamos um maior investimento no setor produtivo e, consequentemente, novos postos de trabalho formais sejam gerados, a informalidade seja reduzida e volte a fazer com que o Brasil retome, a passos largos, o caminho rumo ao seu desenvolvimento pleno.

Miguel Torres
Presidente da Força Sindical

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