PUBLICADO EM 01 de mar de 2021
COMPARTILHAR COM:

Ford reafirma fim das atividades no Brasil; trabalhadores lutam

Decepcionante. Essa palavra resume o que foi a reunião dos executivos globais da Ford com Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté (SindMetau), por videoconferência, na quinta, 25.

O encontro dos sindicalistas com a direção mundial da companhia foi mais do que uma conquista no Tribunal Regional do Trabalho, era um fio de esperança na manutenção da produção no Brasil e dos empregos em Taubaté (SP) e Camaçari (BA).

Na ocasião, o presidente do Sindicato, Cláudio Batista, o Claudião, apresentou estudos de viabilidade produzidos pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) para tentar manter a produção da Ford no País. A companhia, porém, se mostrou irredutível.

O dirigente comenta: “Nós não concordamos com isso. Eles foram muito veementes em dizer que não existe possibilidade alguma da montadora manter unidades fabris no Brasil. Foi muito duro ter de ouvir essa resposta”, lamentou. A saída da empresa impacta 118 mil trabalhadores diretos e indiretos, segundo estudo do Dieese.

Indenização – Nesta sexta, 26, o Sindicato convocou assembleia para apresentar o resultado da reunião e planejar os próximos passos. Entre os temas aprovados pelos trabalhadores, a entidade vai buscar, em mesa de negociação, uma indenização que leve em conta os impactos financeiros, trabalhistas e sociais do encerramento da produção. “Queremos fazer uma discussão de indenizar os trabalhadores da melhor maneira possível”, pondera Claudião.

Acordo – Além de conseguir a reunião com a direção mundial da Ford, o Sindmetau avançou na manutenção dos empregos, salários e benefícios dos 830 trabalhadores da unidade até o fim das negociações. Também conseguiram fazer com que 130 funcionários retomassem as atividades semana passada. O acordo prevê que até 330 devem ser convocados, de forma escalonada.

Quem não retornar continuará em licença remunerada, com salários e benefícios garantidos. A empresa segue proibida de apresentar propostas individuais aos empregados, de praticar assédio moral ou negocial e de promover demissão em massa.

Fonte: Agência Sindical

ENVIE SEUS COMENTÁRIOS

QUENTINHAS