PUBLICADO EM 01 de mar de 2018
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Estivador quer garantia de trabalho ou diária para intervalo de 11 horas

Categoria fez passeata e assembleia na rua, na segunda-feira, por reivindicações da campanha salarial;  presidente do sindicato, Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’, que está em Brasília e voltará a Santos nesta quinta-feira (1º), estranha a medida anunciada nesta quarta (28) pelo sindicato patronal dos operadores portuários (Sopesp); “Não aceitamos a imposição, queremos negociá-la”, pondera o sindicalista

O sindicato dos estivadores de Santos não aceita a decisão do órgão gestor de mão de obra (ogmo) de implantar unilateralmente o intervalo de 11 horas de descanso entre as jornadas dos trabalhadores portuários avulsos (tpa’s) nesta quinta-feira (1º).

O presidente do sindicato, Rodnei Oliveira da Silva ‘Nei’, que está em Brasília e voltará a Santos nesta quinta-feira (1º), estranha a medida anunciada nesta quarta (28) pelo sindicato patronal dos operadores portuários (Sopesp).
“Não aceitamos a imposição, queremos negociá-la”, pondera o sindicalista. Ele diz que a categoria está em campanha salarial, para a data-base de março, e que o intervalo de 11 horas está entre as reivindicações que o Sopesp se recusa a negociar.
A cláusula nona da pauta propõe “garantia salarial diária e mensal, com intervalo de descanso obrigatório de 11 horas entre duas jornadas de trabalho, no sistema de rodízio do Ogmo, na falta de engajamento no trabalho devido à sazonalidade”
Nei reclama que o Sopesp “sequer chamou o sindicato para negociar. Não bastasse, ainda faz esse anúncio altamente prejudicial aos trabalhadores, pois não contempla a garantia do trabalho e ganho, prevista em duas resoluções da Oit (organização internacional do trabalho)”.

Tensão
Os empresários “insistem em radicalizar”, diz o sindicalista. “Dessa forma, o intervalo obrigatório de 11 horas entre as jornadas traz enormes perdas nos ganhos dos trabalhadores. A intenção do Sopesp é tornar o ambiente mais tenso do que já está, não se sabe com qual objetivo”.
Os cerca de 3 mil estivadores de Santos poderão paralisar o porto em março, conforme decisão de assembleia, na manhã de segunda-feira (26), após passeata (foto) que saiu da sede do sindicato e foi até o Sopesp, na rua Amador Bueno, 333.
Em assembleia após o protesto, a categoria aprovou uma greve que será analisada em assembleia nos próximos dias. Os estivadores reivindicam basicamente a manutenção do mercado de trabalho, o “não extermínio dos avulsos nos terminais” e melhores salários. A pauta foi aprovada em 27 de dezembro.

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