PUBLICADO EM 14 de dez de 2018
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Em 2019, quero emprego e direitos

Neste final de ano, presidente eleito oferta aos milhões de trabalhadores e trabalhadoras mensagens de horror e pessimismo que vão desde a chamada “carteira de trabalho verde e amarela” até afirmar que “é difícil ser patrão no Brasil”.

O Brasil assiste desde a vitória de Jair Bolsonaro para a Presidência da República cenas dignas de um filme de horror ou mesmo de uma comédia de péssima feitura. E isso acontece das mais diferentes maneiras e nos mais diferentes setores.

Mas, no tocante ao Mundo do Trabalho, categoria fundamental para o avanço social, a coisa é de arrepiar os cabelos.

Neste final de ano, presidente eleito oferta aos milhões de trabalhadores e trabalhadoras mensagens de horror e pessimismo que vão desde a chamada “carteira de trabalho verde e amarela” até afirmar que “é difícil ser patrão no Brasil”.

Ora, vejam! A proposta, por exemplo, de aumentar a informalidade no mercado de trabalho – ou seja, menos direitos – confirma seu compromisso com os patrões e piora o já desolador cenário de desmonte nos direitos da classe trabalhadora

Lembremos que, além de não ter acesso a nenhum direito, o trabalhador ou trabalhadora informal vê o acesso à aposentadoria cada vez mais distante, já que quem trabalha por conta no Brasil, hoje, é considerado contribuinte individual, o antigo autônomo. Além disso, não contribui com a arrecadação, o que agravará a crise, impacta negativamente nas contas públicas, o que reflete na queda da oferta e qualidade de serviços públicos essenciais.

E fica pior. Bolsonaro voltou a afirmar que “ser patrão no Brasil é um tormento”. Tudo para justificar sua brutal ofensiva contra a classe trabalhadora – grande parte dela formada por seus eleitores -, para assim fazer novas flexibilizações nas leis trabalhistas.

Bolsonaro encarna o que há de pior e confirma a herança escravocrata de uma elite atrasada que não gosta do povo, que defende o Estado mínimo e diz fomenta a exclusão pelo preço, ou seja, o serviço existe, você que não pode pagar.

2019 se aproxima e com ele a certeza de que lutar será norma para aqueles que defendem trabalho, salário, saúde, educação, moradia, lazer e acesso à cultura dignos. As cartas na mesa desenham uma luta política ainda mais acirrada, a qual também posiciona no tabuleiro a defesa da liberdade.

Atenção Brasil! Aproxima-se o tempo da defesa de questões fundamentais. E a unidade deve ser o pavimento para esta nova etapa.

Joanne Mota é jornalista e assessora da CTB Nacional

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