No último dia 24 lideranças das centrais sindicais decidiram, em reunião realizada na sede da Força Sindical, em São Paulo, realizar uma Greve Nacional no dia 5 de dezembro contra a reforma da Previdência e em defesa dos direitos da classe trabalhadora. Sabíamos das dificuldades que enfrentaríamos devido ao tempo escasso para a organização do evento – a reforma seria votada no dia 6 –, mas estávamos empenhados em levar o movimento adiante dada a gravidade da proposta do governo e seus efeitos nefastos, que afetariam todos os brasileiros.
Como o governo, na última hora, resolveu adiar a votação da reforma, sem, no entanto, desistir da ideia, as centrais, ante o adiamento, resolveram também adiar a Greve Nacional para próximo de quando uma nova data for marcada para a votação. Assim, teremos tempo hábil para fazer um movimento muito mais abrangente sem parar de, nesse intervalo de tempo, intensificar as ações, os protestos e a mobilização do conjunto de trabalhadores.
Temos de nos manter firmes na defesa dos direitos que nos querem suprimir. Articular nossas ações, chamar para o nosso lado os setores organizados da sociedade, pressionar os parlamentares no Congresso Nacional e nas suas bases de atuação, realizar encontros, debates, assembleias e atos são passos fundamentais para que alcancemos nossos intentos, que são a preservação dos empregos, a garantia dos nossos direitos duramente conquistados, a igualdade de oportunidades e a construção de um Brasil mais solidário, mais humano, mais justo socialmente e igualitário, entre outras demandas.
A luta não pode parar! Ela tem de ser ainda mais fortalecida! O governo logo voltará à carga para sanar o vermelho de seus cofres à custa do sacrifício desumano que pretende impor à classe trabalhadora, e temos de estar vigilantes e preparados para, se necessário, pararmos o Brasil em nome da democracia, da justiça e bem-estar do povo brasileiro.
Nossa união e capacidade de mobilização são as principais chaves para o nosso sucesso. A luta não pode parar!
Paulo Pereira da Silva – Paulinho
Presidente da Força Sindical e deputado federal