PUBLICADO EM 17 de out de 2018
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Bolsonaro, o cão das três cabeças que nos ameaça a todos

O momento histórico que o Brasil vive exige a mais ampla união dos que defendem as liberdades, a soberania nacional e a justiça social. Para enfrentar e derrotar o ódio e a violência que a direita mais retrógrada implantou nestes últimos anos. A mesma direita que patrocina a candidatura de Jair Bolsonaro – um Temer piorado – e tem em seu centro os donos do dinheiro e na especulação financeira mais desenfreada.

Candidatura da direita que ofende a democracia que os brasileiros valorizam e precisam. Candidatura que vai ampliar a ruptura do pacto democrático da Constituição de 1988, jogando sobre o país a sombra da ditadura e do fascismo.

O Brasil está colocado outra vez à beira do abismo onde se oculta um cão de três cabeças: a ameaça contra a democracia, contra os direitos do povo e dos trabalhadores, soberania nacional.

Se, por incúria, os brasileiros elegerem o candidato da extrema direita à presidência da República, podem estar certos de que vai aumentar o desemprego e a precarização do trabalho. Será a consequência das medidas que já anunciou, e que vão prejudicar muito os trabalhadores, entre elas o fim carteira profissional (vai botar em seu lugar uma tal carteira verde e amarela, sem o s direitos assegurado pela CLT aos trabalhadores); vai acabar com o 13º salário; ameaça aos direitos das empregadas domésticas; poderá acabar com a aposentadoria, através da reforma da previdência. Vai diminuir muito as escolas públicas através do ensino à distância – as crianças não irão mais pra escola, ficarão sem merenda escolar, as mães não terão onde e nem com quem deixar seus filhos, ou terão de largar o emprego para cuidar deles, e isso pode expor ainda mais a juventude ao crime, etc. Isto traz o risco do aumento da violência, ainda mais com a permissão das pessoas portarem armas, sem nenhuma habilidade para utiliza-las. Aumento da insegurança que ocorrerá também quando passar – como diz em todos os lugares onde vai – a premiar policiais violentos e não punir os que matarem, mesmo que sem razão justificada.

Suas ameaças de tirar direitos dos trabalhadores e do povo vão aprofundar as maldades da contrarreforma trabalhista do usurpador Michel Temer. Ele diz pra quem quiser ouvir que os trabalhadores precisam trocar direitos por mais empregos, uma frase mentirosa pois vai aumentar a crise econômica e não vai criar os empregos que o povo precisa.

A derrota deste verdadeiro cão feroz que representa o candidato de extrema direita, Jair Bolsonaro, exige a mais ampla unidade de todas as forças do bem, pelo Brasil, pelo progresso social, desenvolvimento, soberania e independência nacionais, dos direitos dos trabalhadores e de todo o povo: mulheres, negros, índios, juventude, LGBT etc.

O momento é o mais grave vivido pela democracia no Brasil desde o golpe militar de 1964, que chacinou a democracia, reprimiu, prendeu, torturou e matou trabalhadores e democratas, e impôs a sanguinária ditadura dos generais.

A resposta firme e decidida contra esta ameaça é o voto em Fernando Haddad e Manuela d´Ávila para presidente da República e vice. Candidatura democrática que representa os valores da civilização contra a barbárie.

Votar em Fernando Haddad é a resposta às mentiras difundidas pela direita e à violência que se espalha, movida pelos punhais do fascismo e da ditadura.

Acima de todas as diferenças que há entre as opções partidárias e de credo democrático e avançado, os brasileiras e brasileiras precisam votar, neste segundo turno, pela democracia e pelo futuro do Brasil. É a opção feita pelos partidos democráticos de todas as feições (PT, PCdoB, PCB, PSB, PSOL e PROS), os movimentos sociais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, dos democratas de credos diferentes, como igrejas evangélicas e a CNBB, as centrais sindicais que já recomendaram o voto em Haddad e lutam por sua eleição. Além de um sem número de juristas, advogados, intelectuais, artistas, cientistas, professores: a inteligência brasileira, com forte apoio internacional, se une pela democracia, contra o fascismo e a barbárie.

Neste momento tão grave, não pode haver vacilação. É hora da união das pessoas de bem, que defendem o progresso social, a inclusão de todos, o desenvolvimento do país e a soberania nacional, unidade entre todos os de índole progressista, na luta pela democracia, pelos direitos sociais universais, pela paz social, concórdia e harmonia entre os brasileiros, contra o ódio raivoso do cão de três cabeças da direita –que, na mitologia, é o pai da Esfinge que ameaça nos devorar a todos.

José Carlos Ruy é jornalista e escritor.

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