PUBLICADO EM 16 de ago de 2020
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Canal do YouTube dispõe 400 filmes brasileiros

Uma ótima notícia num ano em que a Cinemateca Brasileira corre risco de fechar porque o desgoverno de Jair Bolsonaro quer destruir a cultura do país.

Walmor Chagas em cena de São Paulo s/a de Luiz Sérgio Person (1936-1976)

Por Marcos Aurélio Ruy

Estamos em 2020 e o preconceito ainda prevalece sobre os filmes brasileiros. Há um sentimento arraigado de “viralatismo” forjado por uma forte campanha de empresas multinacionais contra a produção nacional com a complacência de parte da mídia tupiniquim.

O canal do YouTube Legacies of Brazilian Cinema conta com mais de 400 obras da cinematografia nacional entre ficção, documentários e entrevistas. Uma ótima notícia num ano em que a Cinemateca Brasileira corre risco de fechar porque o desgoverno de Jair Bolsonaro quer destruir a cultura do país. E a pandemia do coronavírus exige que as pessoas fiquem em casa, se tiverem condições para isso.

Acesse o canal do YouTube Legacies of Brazilian Cinema

O UOL bem que tentou descobrir quem está por trás dese projeto, mas não conseguiu. Teve apenas a resposta de que o canal foi criado para manter viva a memória do cinema nacional, afinal eles dispõem de títulos desde 1910 até 2020. É possível assistir ao filme mudo “Exemplo Regenerador” (1919), de José Medina (1894-1980).

Você pode encontrar clássicos do cinema brasileiro, um dos mais diversos do mundo. Além do preconceito arraigado, os cineastas enfrentam a falta de apoio e patrocínio para produzir obras que injetam cerca de R$ 19 bilhões na economia anualmente e geram mais de 100 mil empregos diretos, entre diretoras, diretores, atores, atrizes, pessoal técnico e distribuidores.

Totalmente de graça dá para assistir pelo Legacies, filmes como “O Ébrio” (1946), de Gilda Abreu; “Nem Sansão Nem Dalila” (1955), de Carlos Manga; “Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias; “O Caso dos Irmãos Naves” (1967), de Luiz Sérgio Person; “Hitler 3º Mundo” (1968), de José Agripino de Paula; “Matou a Família e Foi ao Cinema” (1969), de Júlio Bressane; “Aleluia, Gretchen” (1976), de Silvio Back; “Lúcio Flávio – o Passageiro da Agonia” (1977) de Hector Babenco; “Toda Nudez Será Castigada” (1976), de Arnaldo Jabor; “O Homem que Virou Suco” (1980), de João Batista de Andrade; “Cabra Marcado para Morrer” (1984), de Eduardo Coutinho; “Jango” (1984), de Silvio Tendler; “O Homem da Capa Preta” (1980), de Sergio Rezende; “A Marvarda Carne” (1985), de André Klotzel; “A Hora da Estrela” (1985), de Suzana Amaral; “Guerra do Brasil (1987), de Silvio Back; “Feliz Ano Velho” (1987), de Roberto Gervitz; “Terra para Rose” (1987), de Tetê Moraes; “Lamarca” (1994), de Sergio Rezende; “A Ostra e o Vento” (1997), de Walter Lima Jr.; “O Assalto ao Poder” (2002), de Eduardo Escorel; “Garotas do ABC” (2003), de Carlos Reichenbach e “Até o Fim” (2020), de Ary Rosa e Glenda Nicácio.

Há também muitas obras de Ruy Guerra, Leon Hirszman (1937-1987), Silvio Tendler, Cacá Diegues, Luiz Sérgio Person (1936-1976), Rogério Sganzerla (1946-2004), Júlio Bressane, Walter Hugo Khouri (1929-2003), José Mojica Marins, Zé do Caixão (1936-2020), entre outros grandes do cinema brasileiro.

Além de contar com um acervo volumoso e rico, o canal facilita a pesquisa. Você pode procurar por décadas, estilos, diretores, atores e até editores e diretores de fotografia. E ainda pode assistir ao filme de sua escolha livre de propagandas, basta ter acesso à internet.

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