PUBLICADO EM 30 de nov de 2021
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Acordos dos metalúrgicos de Pinda vão acrescentar R$ 21 milhões na economia

Foto: Guilherme Moura

Os acordos da Campanha Salarial realizados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba irão acrescentar na economia cerca de R$ 21,2 milhões. Um balanço foi divulgado pela entidade nessa quarta-feira, dia 24.

O relatório aponta o impacto dos reajustes salariais nos pagamentos realizados antes do Natal, até o dia 22 de dezembro, referente aos meses de setembro, outubro, novembro e 13º salário. Entre os maiores valores está o da Gerdau, que passa de R$ 5 milhões apenas com o impacto do reajuste com aumento real de salário, definido em 10,5%. Desse valor, R$ 3 milhões serão injetados na próxima terça-feira, dia 30, com o pagamento do retroativo.

A campanha salarial é realizada em conjunto com a FEM-CUT/SP (Federação dos Metalúrgicos da CUT). O reajuste da inflação, de 10,42% foi conquistado no Estado todo, garantindo salário e os direitos de 200 mil metalúrgicos.

Em alguns grupos foi possível ter aumento real de salário garantido em Convenção Coletiva, chegando em 10,5%. Em Pindamonhangaba, com a negociação do sindicato em cada empresa, praticamente todas chegaram nesse reajuste de 10,5% ou em uma proposta maior.

A entidade destaca também o acordo da Tenaris Confab. A empresa ainda não está em plena produção e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) seria perto de zero novamente. Na Campanha Salarial, foi possível alcançar um acordo amplo, com reajuste, benefícios e também a PLR, que foi a maior dos últimos 11 anos. Ao total, o acordo vai injetar mais de R$ 12 milhões até o Natal.

Entre as maiores fábricas, a GV do Brasil foi uma das últimas negociações, com assembleia no dia 22. A empresa se recusava a pagar qualquer reajuste e depois de protestos ela aceitou fazer um acordo com aumento real de salário e com a PLR, que teve aumento de 20%, que vai injetar R$ 1,3 milhão nessa quinta-feira, dia 25.

Para o presidente do sindicato, André Oliveira, o resultado não seria possível sem a mobilização dos trabalhadores.

“Foi uma Campanha Salarial extremamente positiva. Tivemos sim, muita dificuldade, mas conseguimos manter todos os direitos da categoria e aumento real em praticamente todas as fábricas. Esse valor de R$ 21 milhões é só do reajuste, é o dinheiro que as negociações estão colocando a mais no bolso dos trabalhadores”, disse.

A categoria também vive um bom momento na questão do emprego. Em todos os últimos 12 meses houve geração de postos de trabalho. Hoje são 7.268 metalúrgicos, 729 vagas a mais do que um ano atrás, pelos dados do Caged até setembro.

Fonte: Redação CNM/CUT

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