PUBLICADO EM 24 de jun de 2018
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A igreja do diabo

Por Val Gomes

O músico e compositor Tom Jobim, no Roda Viva, ao responder a um elogio do jornalista e musicólogo Zuza Homem de Mello, disse mais ou menos assim que, como brasileiro, criado para só perder, não estava preparado para receber tamanhos elogios e reconhecimento.

A Alemanha era um país desenvolvido nas ciências, filosofia, literatura, artes, arquitetura etc., mas aceitou o surgimento e o fortalecimento do nazismo e todo o seu arsenal de brutalidades e crimes hediondos contra a humanidade e as humanidades.

Não ocorreu e ocorre no Brasil recente fatos semelhantes? Se éramos preparados para sempre dar errado e só perder, como é que sob a presidência e o ideário de um ex-metalúrgico, nordestino e político “deselegante”, poderíamos estar melhorando, vencendo?

Em “A igreja do diabo”, Machado de Assis nos conta que Deus em resposta ao “anjo caído”, indignado com as traições dos homens aos dogmas de sua próspera e nova ordem religiosa, disse que faltou ao demônio considerar um detalhe importante: a velha contradição humana.

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