PUBLICADO EM 30 de maio de 2022
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XIII Congresso dos Metalúrgicos de S J dos Campos começa com chamado à unificação das lutas rumo à Greve Geral

Foto: Roosevelt Cássio

O XIII Congresso dos Metalúrgicos começou, nesta sexta-feira (27), em clima de muita luta. Com a participação de delegados e convidados de outras entidades, nesse primeiro dia foram relatadas as lutas em curso no país e apontado que os trabalhadores precisam de uma saída de classe sem conciliação com representantes da burguesia.

A atividade está acontecendo até domingo (29), na Colônia de Férias do Sindicato, em Caraguatatuba. Serão três dias de debates e votação das resoluções que definirão os rumos do Sindicato para o próximo período. Este ano, o Congresso tem como tema “Organizar a luta por empregos, direitos e um Brasil dos trabalhadores”.

Em sua saudação aos delegados, o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, resgatou as grandes mobilizações deflagradas durante a pandemia, em defesa da vida, dos empregos e dos direitos dos trabalhadores. Entre as inúmeras lutas, os metalúrgicos saíram na frente com uma Greve Geral histórica, com 80% de adesão.

Hoje, a categoria enfrenta outras importantes batalhas, contra o fechamento da Caoa Chery e pelos salários dos trabalhadores da MWL. Essas mobilizações acontecem pouco depois da luta vitoriosa do Sindicato contra 420 demissões na Avibras.

“É em meio a essas lutas históricas que a gente faz esse Congresso. Vivemos uma situação muito difícil em nosso país. Temos mais da metade da população sem carteira assinada, com uma inflação de dois dígitos, a gente paga em dólar e recebe em reais. O poder de compra dos trabalhadores está sendo reduzido cada vez mais e uma grande parcela da população vive em situação de insegurança alimentar. Por outro lado, a riqueza dos bilionários só aumenta. Por isso, precisamos travar uma luta política para transformar a sociedade”, afirmou Weller.

Em ano eleitoral, o presidente do Sindicato também alertou para o cenário político que se apresenta no país.

“Este Congresso não pode ficar discutindo se é Bolsonaro ou Lula que vai resolver nosso problema. O que temos de perguntar é qual o programa para acabar com a fome, o desemprego. Este tem que ser o centro do Congresso. Temos que unificar todas as lutas em curso neste momento, rumo à Greve Geral. Este tem que ser o centro de nossas discussões: qual é o programa para nossa classe? O papel dos delegados é votar resoluções para as lutas que virão. Precisamos fazer uma luta política, destruir o capitalismo e discutir uma vida mais justa. É no clima de muita luta e entusiasmo que declaro aberto o XIII Congresso dos Metalúrgicos”, finalizou Weller.

Como convidadas do Sindicato, as seguintes entidades saudaram os delegados do Congresso:

CSP-Conlutas
Unidos para Lutar
Sindicato dos Servidores Municipais de Jacareí
Sindicato dos Municipários de Bagé
Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Vale do Paraíba
Sindicato dos Servidores Públicos de Maringá
Sindicato dos Químicos de São José dos Campos e Região
Sindicato dos Metalúrgicos de itajubá e Paralisópolis
Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas do Vale do Paraíba (Admap)
Movimento Mulheres em Luta
Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos (Ilaese)
PSOL
PSTU

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

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