PUBLICADO EM 25 de nov de 2022
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UGT E SECSP participam de ato global em defesa dos trabalhadores da Amazon

Foto: UGT

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) e o Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP) participaram, nesta sexta-feira (25), da 3ª mobilização Black Friday “Make Amazon Pay Day”.

A ação visa chamar a atenção para as discrepâncias e desrespeitos a direitos trabalhistas, sociais e até ambientais provocados pela empresa Amazon, que ganhou ascensão global, chegando ao topo da economia de forma predatória.

A Amazon explora seus trabalhadores ao praticar jornadas excessivas e, apesar das receitas recordes que giraram em torno de U$121 bilhões de dólares no segundo semestre de 2022, os salários são extremamente baixos e a empresa exerce uma forte política antissindical.

Além disso, a empresa deixa de pagar impostos e, com o intuído de fomentar a geração de emprego, recebe créditos fiscais, o que prejudica comunidades inteiras.

Na questão ambiental, apesar da Amazon registrar apenas 1% de todas as vendas de produtos em sua contabilidade de carbono, as emissões de CO2 da corporação aumentaram 18%, em 2021.

Segundo Maria das Graças da Silva Reis, diretora do SECSP hoje não há mais espaço na sociedade para empresas predatórias e que crescem a partir do exercício do lado mais cruel do capitalismo. “Vivemos um momento da nossa sociedade em que já podemos discutir a responsabilidade social e ambiental no universo empresarial. Isso não significa que a empresa vai deixar de ser capitalista ou vai abrir mão do seu lucro, pelo contrário, é uma forma de ganhar mais sem degradar e/ou desmerecer as pessoas que contribuem para o fortalecimento de uma marca”.

“Por conta desse ambiente cada vez mais globalizado em que vivemos, quando uma empresa valoriza seus funcionários, a pessoa trabalha melhor, mais contente, rende mais e contribui para girar a engrenagem da economia local, o que é fundamental para a própria empresa que acaba vendendo mais e, consequentemente, lucrando mais. É um efeito cascata ligada a um circuito fechado”, explicou Graça.

O ato, que acontece no mundo todo é uma iniciativa da UNI Global Union, que é uma federação sindical com afiliados em 150 países e representando 20 milhões de trabalhadores.

Fonte: UGT

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