PUBLICADO EM 06 de mar de 2024
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Uber pede que STF suspenda todos os processos sobre vínculo de emprego

Defesa da empresa sustenta que a medida é necessária para aguardar o posicionamento final da Corte sobre o vínculo de emprego

Uber pede que STF suspenda todos os processos sobre vínculo de empregoA plataforma Uber pediu nesta segunda-feira (4) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão nacional de todos os processos que tratam sobre o reconhecimento de vínculo de emprego entre motoristas e a plataforma.

Na petição encaminhada ao Supremo, o escritório de advocacia que representa a empresa sustenta que a medida é necessária para aguardar o posicionamento final da Corte sobre o tema.

Na semana passada, o STF reconheceu a chamada repercussão geral, mecanismo que vai obrigar todo o Judiciário a seguir o futuro entendimento dos ministros após o julgamento definitivo da questão. Cerca de 17 mil processos sobre a questão tramitam em todo o país.

“Trata-se, portanto, de regra processual que visa resguardar a prolação de decisões conflitantes com o entendimento que será fixado pela egrégia Suprema Corte. É um consectário lógico e natural do princípio da isonomia para assegurar que todos os processos afins, em trâmite no Poder Judiciário, recebam o mesmo tratamento”, afirmaram os advogados.

Com o reconhecimento da repercussão, o Supremo vai marcar o julgamento para decidir definitivamente sobre a validade do vínculo de emprego dos motoristas com os aplicativos.

Atualmente, grande parte das decisões da Justiça do Trabalho reconhece vínculo empregatício dos motoristas com as plataformas, mas o próprio Supremo possui decisões contrárias.

Em dezembro do ano passado, a Primeira Turma da Corte entendeu que não há vínculo com as plataformas. O mesmo entendimento já foi tomado pelo plenário em decisões válidas para casos concretos.

Regulamentação

Também nesta segunda, o presidente Lula assinou uma proposta de Projeto de Lei para regulamentar o trabalho de motoristas em aplicativos, criado a partir de uma mesa de negociação que reuniu representantes dos trabalhadores e dos empresários do setor.

O projeto cria a categoria de “trabalhador autônomo por plataforma” e prevê remuneração mínima, contribuição previdenciária e auxílio maternidade.

Fonte: Agência Brasil

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