PUBLICADO EM 17 de set de 2021
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Metalúrgicos do ABC realizam assembleia de mobilização em Diadema

Foto: Adonis Guerra

Os companheiros nas empresas Apis Delta, Metalpart, Legas Metal, Delga e Brasmeck, todas em Diadema, participaram ontem da assembleia conjunta realizada pelo Sindicato para mobilização por um bom acordo na Campanha Salarial. Com acumulado do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 10,42%, a intransigência patronal para conceder aumento piorou.

Os representantes do Sindicato reforçaram a necessidade de fortalecer o lado dos trabalhadores nas negociações com as bancadas e pediram unidade da categoria.

“Todo ano é assim, se a economia está bem ou mal, os patrões sempre falam que é difícil. Eles tinham que dar o valor da inflação e aumento real, isso não é só bom para os trabalhadores, é bom para eles. Se trabalhador tiver dinheiro no bolso, ele compra mais, aí a empresa precisa aumentar a produção, o patrão vai ganhar mais e gerar emprego. O aumento é uma coisa cívica para o crescimento do país”, avaliou o secretário-geral do Sindicato, Moisés Selerges.

“Temos que falar de aumento real para começarmos a retomar o poder de compra, se a gente vai conseguiu ou não é outra questão, mas temos que brigar. Não dá para aceitar parcelamento de INPC, se o patronal não apresentar uma proposta que seja justa para os trabalhadores, vamos ter que começar a parar as fábricas”, avisou.

Parcela de culpa

Moisés lembrou ainda que os empresários têm uma parcela de culpa para a inflação ter chegado ao patamar que chegou. “Se o INPC chegou a 10,42%, a culpa também é dos patrões, eles são responsáveis porque apoiaram este governo e o irresponsável do Paulo Guedes”.

O coordenador da Regional Diadema, Antônio Claudiano da Silva, o Da Lua, reforçou a culpa do governo na alta dos preços.

“Foi decidido, desde o golpe que colocou Michel Temer no poder, mudar a política de preços da Petrobras. Hoje o preço da gasolina é pautado pelo valor do barril internacional baseado no dólar, ou seja, ‘dolarizou’ o preço do combustível. A Petrobras majoritariamente é do Estado brasileiro, então quem tinha que decidir a política de preço era o governo braseiro, mas ele prefere deixar que os acionistas decidam, para ganhar mais. Por isso que o litro de gasolina hoje é R$ 7 e o álcool cresce na mesma proporção, mesmo o Brasil sendo um grande produtor de cana-de-açúcar”.

“Não tem como o patrão chegar numa hora dessas e dizer que não dá para dar o índice da inflação. O que eles querem é cada vez pagar menos e lucrar mais. Não podemos arredar o pé de renovar a Convenção Coletiva e lutar por aumento real”, frisou.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

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