“Ele não vai querer saber a verdade sobre o pai”, disse Bolsonaro. A declaração foi dada por Bolsonaro ao comentar o desfecho do processo judicial que considerou Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro durante a campanha eleitoral, inimputável (isento de pena devido a doença mental). Por isso, ele ficará em um manicômio em vez de um presídio.
Em nota, o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, se solidarizou com o presidente da OAB, considerando a fala do presidente da República “ameaçadora”.
Torres ressalta que o movimento sindical também luta pela redemocratização do País, exige respeito à memória do pai do presidente da OAB e a toda a família que certamente sofreu e sofre com o episódio ocorrido nos tempos da ditadura.
No texto, o sindicalista pede ainda que Bolsonaro torne públicas as informações sobre este fato, tendo em vista que nem as Comissões da Verdade não conseguiram obtê-las. Confira a seguir a íntegra da nota:
Solidariedade ao presidente da OAB
Prestamos nossa total solidariedade ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, diante da fala ameaçadora de Bolsonaro que vangloria-se de saber como o pai de Santa Cruz “desapareceu no período militar”.
O presidente da OAB é filho de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira que, por ter participado de ações contra o regime militar (1964-1985), desapareceu em 1974.
Nós, do movimento sindical, que também lutamos pela redemocratização do País, exigimos respeito à memória do pai do presidente da OAB e a toda a família que certamente sofreu e sofre com o episódio ocorrido nos tempos da ditadura.
Por outro lado, se Bolsonaro tem informações sobre este fato, que até as Comissões da Verdade não conseguiram obter, é crucial que ele as torne públicas.
Miguel Torres
presidente da Força Sindical