PUBLICADO EM 01 de ago de 2018
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Informe publicitário: a potencialidade do cidadão negro; opinião

O Boticário, rede de franquias de cosméticos e perfumes brasileira, lançou recentemente informe publicitário alusivo ao “Dia dos Pais”, destacando família de negros na propaganda. Desde então começaram reações racistas nas redes sociais, onde vídeo no Youtube chegou a quase 50% de “dislikes”, numa manifestação inequívoca de desaprovação racial.

Informes publicitários costumam estimular a valorização dos negros, aquém da potencialidade de mercado e demandas enquanto consumidores. A visibilidade publicitária é importante pois eleva a autoestima e fortalece vínculo da representatividade, contudo muitas pessoas “normais” não aceitam e exteriorizam a intolerância racial.

Neste caso, o informe publicitário trata de potencializar comunicação de vendas de serviços e produtos para mais da metade dos brasileiros, que se autodenominam negros ou pardos, segundo dados estatísticos do Censo Demográfico 2010.

Desafios de vendas que fazem parte do ambiente econômico, num mercado com viés étnico potencialmente viável, com tendências de crescimento apesar dos efeitos recessivos da atual crise econômica.

No contexto das diversidades, o marketing publicitário pode contribuir no combate ao racismo e discriminação racial, com visibilidade dos negros “integrados” nas diversas propagandas de serviços e produtos. Maximizando “likes” e minimizando “dislikes” racistas!

Francisco Quintino,  presidente do Sindicato dos Químicos de Rio Claro e coordenador do departamento de Relações Étnicos-raciais da FEQUIMFAR

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