PUBLICADO EM 24 de maio de 2018
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Centrais apoiam greve dos caminhoneiros e querem redução no preço do gás

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, afirmou que decidiu organizar o ato rapidamente porque a greve dos caminhoneiros mexe com toda a população

Manifestação das centrais sindicais, na av Paulista , em frente a Petrobras, contra preço do gás/Foto: Jaelcio Santana

Por Dalva Ueharo

As centrais sindicais – Força Sindical, UGT, Nova Central, CUT,  Conlutas e o Movimento da Juventude – realizaram hoje, dia 24, uma manifestação de apoio à greve dos caminhoneiros e pela queda no preço do gás de cozinha, em frente a sede da Petrobras, na Avenida Paulista, em São Paulo. Os trabalhadores levaram vários botijões de gás no ato para mostrar indignação com o preço exorbitante do produto, que teve variação de 49,87%, entre 2014 a 2018. Eles montaram também um fogão a lenha e fizeram cafezinho que foi distribuído para quem passava na avenida.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho da Força, apoiou o movimento e defendeu a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Juruna, secretário geral da Força Sindical/Foto: Jaélcio Santana

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, afirmou que decidiu organizar o ato rapidamente porque a greve dos caminhoneiros mexe com toda a população. “ É preciso que os setores envolvidos – trabalhadores e governo – negociem uma solução”, ressaltou. Juruna destacou ainda a importância deste momento para as categorias que têm datas-bases ao longo deste ano. “Será preciso unidade das centrais para sermos vitoriosos e lutarmos para manter os direitos”, disse.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e da CNTM, Miguel Torres, afirmou que o governo tem feito uma política que joga a produção do País para baixo e beneficia os especuladores. “Esta estratégia tira o sustento das famílias. Existe um plano por trás disso: a desnacionalização de setores estratégicos da economia. Além disso, os trabalhadores foram prejudicados com a reforma trabalhista e aumentou o desemprego.Temos que nos preparar para enfrentar isso nas urnas”, destacou.

Paulo Henrique Viana, secretário-geral do Sindeeia (Alimentação-SP), criticou o presidente da Petrobras, Pedro Parente chamando-o de presidente do apagão, referindo-se à época em que foi ministro do governo FHC, quando ocupou três ministérios: Casa Civil, Planejamento e Minas e Energia.No ato havia faixas com estas frases”Pedro Parente: presidente do apagão” e “o preço do gás está explodindo o orçamento das famílias”.

Adriano Lateli, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, que comandou parte do ato, defendeu a ação de uma política justa nos preços dos combustíveis.

Já Cibele Vieira, da Executiva da CUT-SP e da FUP, afirmou que por trás dessa política de reajuste de preços diários dos combustíveis está a estratégia de abrir o mercado brasileiro para empresas internacionais.

Já Washington Carvalho, da Associação dos Caminhoneiros Autônomos, reivindicou a retirada dos impostos que a categoria tem que arcar e destacou que a luta contra os aumentos nos preços dos combustíveis é de toda sociedade.

Josimar Andrade, da UGT e Luiz Gonçalves, da Nova Central observaram que é preciso intensificar a mobilização dos trabalhadores para potencializar o movimento dos caminhoneiros.

José Maria de Almeida, fundador do PSTU, citou as greves realizadas recentemente, como construção civil e metalúrgicos e a necessidade de criar uma nova conjuntura no País para trazer à tona o descontentamento da população brasileira.

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