PUBLICADO EM 20 de dez de 2017
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Acidentes com vítimas fatais ocorrem em sua maioria aos fins de semana

Segundo o relatório do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), ocorrências de colisões e atropelamentos, mais uma vez, lideraram o ranking das principais causas dos acidentes com morte no Grande ABC

Foto: Gilberto Marques /A2img

Levantamento divulgado ontem pelo governo estadual, por meio do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), mostra que mais da metade dos acidentes de trânsito com vítimas fatais na região ocorrem aos fins de semana e durante o período noturno.

A análise, que tem como base ocorrências registradas no mês passado, quando foram contabilizados 13 óbitos na região – índice 8,33% menor do que o do mesmo período de 2016 –, mostra que 69% dos acidentes com vítimas fatais aconteceram entre sexta-feira e domingo, entre 18h e 6h, em vias municipais.

Segundo o relatório, ocorrências de colisões e atropelamentos, mais uma vez, lideraram o ranking das principais causas dos acidentes com morte no Grande ABC que, em sua maioria, vitimizaram pessoas do sexo masculino (veja mais ao lado).

“Ao analisar os dados da região fica evidente que, sem fiscalização na rua, motoristas insistem em abusar da velocidade e da combinação errada de álcool e direção perigosa”, avalia o chefe do departamento de medicina de tráfego da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Dirceu Rodrigues Alves Júnior.

Incluso no levantamento divulgado pelo Infosiga, o grave acidente de carro que matou, no mês passado, em Santo André, o professor Leandro Postigo Zanolla, 28 anos, e sua namorada, Fernanda dos Santos Vieira, 26, é um dos casos citados pelo especialista para justificar o perfil das vítimas

Na ocasião, veículo da marca BMW colidiu contra um poste. A violência do impacto foi tanta que o carro se dividiu ao meio. O velocímetro travou em 180 km/h. “São vítimas jovens, que provavelmente estavam em veículo acima da velocidade”, destaca.

Para o especialista, os indicadores colocam em xeque a fiscalização feita pelos órgãos policiais sobre o cumprimento da Lei Seca, cujo objetivo é punir a embriaguez ao volante. “Está claro que as operações não têm conseguido alcançar os resultados adequados. Aliás, elas são quase nulas”, enfatiza.

O levantamento também chama atenção para o alto índice de morte de pedestres. Ao todo, foram oito, sendo três em rodovias da região.

Na tentativa de reduzir esses indicadores, a Prefeitura de São Bernardo formalizou, ontem, convênio no valor de R$ 2,2 milhões com o governo do Estado. A ação faz parte do programa Movimento Paulista de Segurança no Trânsito e tem como objetivo diminuir acidentes com vítimas fatais. Santo André, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires também já aderiram à medida.

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