Afinal, a Venezuela não é apenas uma nação em crise, mas um território estratégico com a maior reserva de petróleo do mundo. Não é surpresa que tantos olhos estejam voltados para suas riquezas naturais, muitas vezes ignorando o sofrimento de seu povo.
Nesse contexto, Lula se recusa a ceder às pressões para adotar medidas que possam desrespeitar as delicadas teias da diplomacia. Ele parece compreender que, em política internacional, as rupturas institucionais podem ter consequências desastrosas.
Lula e o Brasil, ao tentar achar um caminho que preserve a estabilidade e a integridade institucional, mostram que não estão apenas preocupados com o futuro da Venezuela, mas também com a preservação dos princípios democráticos que devem reger as relações entre as nações.
Ao agir com cautela, Lula demonstra que o respeito às regras do jogo é essencial, especialmente quando o jogo envolve muito mais do que simples interesses econômicos — envolve a dignidade de um povo.
Antonio Rogério Magri
Presidente dos Profissionais de Educação Física de São Paulo e Região e Ex-ministro do Trabalho e Previdência Social