PUBLICADO EM 05 de jul de 2018
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Trabalhadores da Codesavi aprovam acordo coletivo, em São Vicente

Em assembleia na noite desta quarta-feira (4), os empregados da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi), empresa de economia mista da prefeitura, fecharam sua campanha salarial.

Categoria amplia direitos, consegue 25% no vale-refeição e 2,07% nos salários. Macaé Marcos liderou assembleia desta quarta-feira, que aprovou acordo / Foto: Vespasiano Rocha

A categoria lotou o auditório da câmara municipal e aplaudiu a diretoria do sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos) pelo acordo coletivo de trabalho.

“Os aplausos são para os próprios trabalhadores e trabalhadoras”, diz o presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira. Segundo ele, o acordo só foi possível por causa da mobilização do pessoal.

“Não fosse a última assembleia lotada, não teríamos chegado a esse resultado”, disse o sindicalista, bastante aplaudido, após salientar os principais itens do acordo.

Macaé destaca que a grande vitória da campanha foi a manutenção das cláusulas do acordo de 2017, que a empresa pretendia revogar, com base na nova lei trabalhista.

Ele cita como exemplo o plano de saúde familiar, conquistado há anos. No começo das negociações, em maio, data-base dos 800 empregados, a Codesavi propôs a extinção do benefício.

Saúde
Diante da insistência da direção sindical, a empresa propôs que os funcionários pagassem metade do plano. Por fim, diante da grande participação na assembleia anterior, manteve o benefício integralmente.

O movimento conseguiu também manter o piso da categoria da construção predial, que a Codesavi também queria revogar. “Levamos mais de 30 anos para conquistar esse piso e quase o perdemos”, diz Macaé.

O reajuste salarial foi de 2,07%, contra a inflação de 1,69% acumulada em um ano. O piso dos qualificados foi para R$ 1.957,32. O dos não qualificados, para R$ 1.503,88.

Outra grande conquista foi no vale-refeição, que a empresa, segundo Macaé, queria revogar parcialmente, fornecendo-o apenas nos dias trabalhados e não mensalmente, conforme conquista de muitos anos.

“Ficamos até 9 horas da noite de ontem, terça-feira (3), fazendo contas, com o prefeito, para chegar a esses resultados”, explicou o sindicalista à atenta assembleia.

Ao final, chegaram ao aumento de 25% no tíquete dos empregados operacionais, que passou de R$ 501,41 para R$ 626,86. O do pessoal administrativo foi de R$ 432,25 para R$ 440,31.

Foi difícil
“Foi uma campanha salarial muito difícil”, disse Macaé. “Era só ‘não’, ‘não’ e ‘não’. Mas quando a casa encheu, a situação mudou. Com meia dúzia de participantes, queriam tirar tudo”.

Os valores são retroativos a maio e os atrasados serão pagos em quatro vezes. “Sem modéstia, foi uma grande vitória porque vocês estavam juntos.

Comandante sem soldado não ganha a guerra”, finalizou Macaé.

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