Obra na Alves Guimarães, em Pinheiros, Zona Oeste da capital, que recebeu denúncia — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

O Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon-SP), presidido por Antonio de Sousa Ramalho, afirma que os funcionários de uma obra em Pinheiros, região oeste da capital paulista, atuam em condições precárias, sem segurança nem registro em carteira de trabalho. A construtora responsável pela obra é a TSR.

Uma denúncia contra a empresa foi protocolada pelo sindicato no Ministério Público do Trabalho (MPT).

De acordo com levantamento da reportagem do portal g1 SP, a região vive um “boom” de construções de alto padrão, o que tem acarretado queixas: Pinheiros, de acordo com a apuração do g1 SP, é o terceiro bairro no ranking dos que têm mais reclamações de barulho, com 1.361 registros em 2021. De acordo com a prefeitura, a principal reclamação dos moradores é o barulho causado pelos prédios em construção.

O bairro virou um canteiro de obras. Só na Rua Alves Guimarães, local da obra citada pelo Sindicato, são nove construções diferentes.

Sindicato denuncia condições de alojamento de trabalhadores de obra em Pinheiros — Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

De acordo com o diretor-executivo do sindicato, Atevaldo Leitão, os trabalhadores da obra no número 1.348 da Rua Alves Guimarães, estão em condições precárias na obra e no alojamento, que fica nas proximidades.

“Uma empresa que se preze e constrói obra em Pinheiros e submete os trabalhadores a esse tipo de moradia é chocante. O alojamento é de uma precarização fora de série.”

Segundo Atevaldo, a cremalheira, um dos equipamentos usados para o transporte de pessoas e materiais, pode cair a qualquer momento. Os trabalhadores também não recebem Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, disse ele.

“O canteiro de obras não tem cumprimento de medidas de segurança, tentamos acordo com a empresa e não conseguimos. Encontramos vários trabalhadores sem registro”, completou.

Sindicato denuncia condições de alojamento de trabalhadores de obra em Pinheiros — Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

As reclamações dos funcionários são:

• Área de vivência em total desconformidade com as regras;
• Negligência na adoção de medidas de prevenção e combate à Covid-19;
• Segurança do trabalho insatisfatória com equipamentos de proteção individual insatisfatórios e risco iminente de acidentes graves;
• Fornecimento incorreto de café da manhã e lanche da tarde e alimentação em geral;
• Falta de pagamento de vale-transporte e seguro de vida, irregularidades no recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O g1 procurou a TSR mas, até a última atualização desta reportagem, ainda não havia recebido resposta.

Com informações do g1 SP — São Paulo