PUBLICADO EM 31 de out de 2023
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Sindicalistas do Irã e do Brasil trocam experiências sobre o mundo do trabalho

Sindicalistas do Irã e do Brasil

Sindicalistas do Irã e do Brasil reunidos trocam experiências sobre o mundo do trabalho

Idioma, religião, costumes, cultura e alimentação diferentes. Doze mil e 300 quilômetros separam o Brasil do Irã, mas os direitos trabalhistas são muito semelhantes entre os dois países.

Na última sexta-feira,27, o presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, recebeu o diretor do departamento internacional da Confederação dos Representantes dos Trabalhadores Iranianos(CRTI), Majid Firouzabadi, na sede do sindicato, em Vila Isabel.

O Irã possui a terceira maior reserva de petróleo do mundo e é o quinto maior produtor do cartel da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

A Confederação Iraniana representa aproximadamente dois milhões de trabalhadores em 18 setores da economia do país. A CRTI representa os trabalhadores de postos de combustíveis, que fazem parte do setor petroquímico.

Apesar de não ter assinado as duas principais convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que tratam da liberdade de associação e negociação coletiva, e da abolição do trabalho infantil, os direitos trabalhistas no Irã são garantidos pela Constituição do país.

Os trabalhadores iranianos cumprem jornada de 44 horas semanais, com direito a uma folga na sexta-feira, dia considerado sagrado pelos muçulmanos.

De acordo com Majid Firouzabadi, o salário nacional no Irã é de aproximadamente R$ 1.500,00. Os trabalhadores também recebem vale-alimentação e vale-transporte.

Eusébio Pinto Neto disse que a reunião foi relevante para traçar um novo cenário nas relações de força entre os trabalhadores dos dois países.

Ele afirmou que o intercâmbio abriu o caminho para a organização internacional dos trabalhadores de postos de combustíveis.

O presidente do SINPOSPETRO-RJ frisou que a troca de experiências é importante, numa época em que a tecnologia ameaça os postos de trabalho no mundo.

Frentistas

No Irã, os postos de combustíveis funcionam 24 horas e não há bombas de autosserviço. As normas de segurança e saúde são fiscalizadas pelo governo e pelos sindicatos dos trabalhadores.

Apesar de a sexta-feira ser considerada um dia sagrado, os postos de combustíveis abrem neste dia e os funcionários recebem 100% pela hora trabalhada.

Sindicalistas do Irã e as Mulheres

Dos cerca de 24 milhões de trabalhadores no Irã, apenas 4,8 milhões são mulheres. Elas têm direito a seis meses de licença maternidade e possuem as mesmas garantias trabalhistas que os homens.

Aposentadoria

No Irã, os trabalhadores se aposentam após 35 anos de contribuição ou 60 anos de idade. Os trabalhadores têm direto a 26 dias de férias por ano.

Intercâmbio com Sindicalistas do Irã

Majid está no Brasil para realizar um intercâmbio sindical. Ele se reuniu com lideranças da Força Sindical e, no dia 7 de novembro, estará presente na Conferência da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em São Paulo.

O sindicalista iraniano, que tem grande admiração pelo Rei Pelé, declarou que realizou seu sonho de infância, que era visitar o Rio de Janeiro.

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