PUBLICADO EM 17 de jun de 2019
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São Vicente: moradores do conjunto Tancredo Neves protestarão nesta quinta-feira (20)

De 400 a 800 moradores do Conjunto Habitacional Tancredo Neves, em São Vicente, são esperados para um protesto, às 15 horas desta quinta-feira (20), contra a falta de infraestrutura no bairro.

Foto: Arquivo

por Paulo Passos – Para acertar os detalhes da manifestação, seus organizadores estarão reunidos, às 21 horas desta terça-feira (18), no clube de malha do conjunto, na Rua Marcolino Xavier de Carvalho, sem número.

O sindicalista Anderson Santos Pinto ‘Bicudo’, um dos organizadores do movimento, acha que o número de participantes no ato público poderá ser bem maior.

Por enquanto, o Tancredo Neves, inaugurado em 1987, tem 2.656 imóveis. Se a média de moradores por residência é de quatro pessoas, o total chega e 10.524.

Uma das preocupações do pessoal é que outros 1.120 apartamentos serão entregues no próximo ano, aumentando o número de imóveis para 3.776. E o de habitantes, para 15.104.

Anderson Bicudo: “Queremos chamar atenção do Ministério Público e criar uma ação civil pública para o crescimento desordenado do conjunto” / Foto: Arquivo

“Como acomodar toda essa gente com a mesma infraestrutura”, pergunta Anderson ‘Bicudo’, que é secretário-geral do sindicato dos operários portuários (Sintraport).

Na construção da primeira etapa, há 32 anos, o conjunto recebeu o colégio estadual Pastor Alberto Augusto e a Creche Nayla (Amor à Vida), que atendiam satisfatoriamente as famílias.

Com a entrega da segunda etapa, vieram o colégio municipal Sebastião Ribeiro e a creche Kayk Nascimento da Silva. Esses estabelecimentos não serão suficientes para a nova demanda.

Os organizadores preveem o caos. Além da questão educacional, há também o problema do posto médico, que precisa ser ampliando. Lá não há atendimento de clínico geral, pediatria nem dentista.

“Uma das finalidades do evento é chamar atenção do Ministério Público e criar uma ação civil pública para o crescimento desordenado do conjunto”, diz Anderson, que espera compreensão de outras autoridades.

Outro problema grave é o assoreamento dos canais. Durante os períodos de chuvas fortes, a população fica ilhada e os que moram perto dos canais perdem tudo em suas casas.

Anderson lembra que os novos moradores, vindos recentemente de áreas miseráveis, terão dificuldades para pagar as prestações dos imóveis, condomínios, gás encanado, energia elétrica, água e esgoto.

Essas famílias têm ainda que deixar as crianças nas escolas dos bairros de origem, arcando assim com a condução onerosa de seus filhos, netos, sobrinhos e agregados.

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