PUBLICADO EM 31 de jul de 2019
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Santos e região: Sindicato dos frentistas faz campanha de sindicalização

‘Prioridade são os trabalhadores’, diz a manchete do novo boletim do Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Santos e região.

Foto: Fábio Kasseb

Por Paulo Passos

A publicação faz parte da constante campanha de sindicalização da entidade, que representa cerca de 4 mil trabalhadores em aproximadamente 300 empresas.
‘Queremos estar bem com os postos’, diz ainda a manchete, anunciando, porém, que o sindicato poderá levar ao ministério público e à justiça problemas fiscais, previdenciários, de FGTS e outras obrigações.
“Não são todos os patrões que criam problemas trabalhistas com os empregados e de relacionamento com o sindicato. Mas alguns realmente gostam de criar caso”, diz o presidente Venceslau Faustino Filho ‘Lau’.
“O recado do boletim não é para a maioria dos empresários, que respeitam os direitos da convenção coletiva de trabalho. Mas sim para aqueles que teimam em passar por cima das nossas conquistas”.
Para esses, que felizmente são minoria, segundo o sindicalista, o boletim deixa um aviso: o sindicato não vai mais consentir que os benefícios legais e da convenção sejam rasgados.
“Esses maus patrões vão pagar caro se não agirem corretamente com os empregados. O sindicato não hesitará em acionar o ministério público para colocá-los na linha”, adverte Lau.
“Será que todos estão em dia com a receita federal, o INSS, o fundo de garantia e outras obrigações?”, questiona o dirigente. “Será que precisaremos chegar a esse ponto? Tomara que não”.

Principais problemas
O sindicalista lembra que, segundo a convenção coletiva, para cada dois domingos trabalhados no mês, deve haver dois de folga. E mais: se não houver folga no meio da semana, o domingo será pago em dobro.
“Mas nem todos os postos respeitam esse direito, conquistado com muita luta sindical, ao longo de seguidas campanhas salariais da data-base de março de cada ano”.
Outro problema, explica Lau, acontece com o vale-refeição de R$ 19. A convenção diz que ele não pode ser trocado por marmita. “Mas tem empresário espertinho que faz a troca”.
A cesta-básica, por sua vez, segundo a convenção coletiva de trabalho, tem 30 quilos e 17 itens. “Há patrões, porém, entregando cestas inferiores, burlando a convenção”.
“Temos outros vários exemplos de malandragens”, finaliza o sindicalista.
“Pedimos inclusive que os trabalhadores nos passem mais informações. Isso faz parte da campanha de sindicalização”.

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