PUBLICADO EM 09 de maio de 2023
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Referência na música e no comportamento, Rita Lee morre aos 75 anos em São Paulo

Rita Lee ao vivo em Araçatuba no dia 23 de maio de 2009. Foto: Marco Senche

Dizer que Rita Lee rompeu padrões e apresentou um caminho de liberdade é dizer o óbvio. Com uma longa carreira musical a maior roqueira do país, que morreu nesta terça (9), vítima de um câncer no pulmão, manteve a mesma qualidade nas músicas e o mesmo nível de inovação e rebeldia consciente em toda sua vida.

Nascida em São Paulo, capital, no dia 31 de dezembro de 1947, Rita Lee Jones foi filha de Romilda Padula Jones, uma pianista descendente de imigrantes italianos, e de Charles Fenley Jones, um dentista descendente de imigrantes norte-americanos. A artista teve duas irmãs, Virgínia e Mary Lee, e foi mãe de três filhos – Beto, João e Antônio -, avó de Izabella e Arthur.

Na década de 1960, participou da banda “Os Mutantes” ao lado dos irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Ela foi expulsa da banda, em meio a divergências com Arnado Baptista, em 1972.

Sua nova carreira com o companheiro de toda vida, Roberto de Carvalho, foi de grande sucesso, com músicas com Mania de Você, Doce Vampiro, Lança Perfume, Amor e Sexo entre muitas outras.

Rita Lee também era uma grande defensora dos animais. Segundo o site Anda, ela “tutelava vários animais em sua casa, entre eles cachorros, gatos, pássaros, tartarugas e até mesmo um porco. Em diversas entrevistas, Rita Lee sempre destacou a importância dos animais em sua vida e como eles a inspiram a compor suas músicas”.

A cantora participou de várias campanhas e eventos em prol dos animais, como o “Adote um Focinho Carente”, que visa a adoção de animais abandonados.

Rita foi também uma das principais vozes no movimento que busca a proibição dos rodeios em todo o Brasil, tendo participado de campanhas de conscientização sobre o assunto e se engajado em mobilizações populares para pressionar as autoridades a agirem em defesa dos direitos dos animais.  “Rodeio é um vergonhoso lixo cultural norte americano onde os animais são submetidos às mais cruéis torturas.” Disse em uma publicação.

Entre 1986 e 1992, a cantora publicou uma coleção infantil chamada Dr. Alex, que tinha como protagonista um ratinho cientista e pacifista. O personagem foi inspirado em seu ratinho Alex, que foi resgatado de um laboratório para testes.

Ela será velada no Planetário do Parque Ibirapuera, na quarta-feira (10), das 10h às 17h. Tudo a ver, é mais uma estrela no céu.

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