PUBLICADO EM 01 de set de 2022
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PIB do segundo trimestre indica ciclo de fraca atividade econômica no Brasil

Segundo o IBGE, PIB cresceu 1,2% do primeiro para o segundo trimestre. Na soma dos quatro últimos, resultado de 2,6% mostra perda de ritmo

Consumo das famílias é decisivo para sustentar alta do PIB – Foto: Agência Brasil-Reprodução/Montagem RBA

O Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil cresceu 1,2% do primeiro para o segundo trimestre deste ano. E 3,2% na comparação com igual período de 2021, segundo informou o IBGE nesta quinta-feira (1º). No primeiro semestre, a alta foi de 2,5%. Assim, no acumulado em quatro trimestres, em comparação com os quatro anteriores, o PIB aumentou 2,6%, mostrando perda acentuada de ritmo, já que nas duas divulgações anteriores superou 4,5%. Em valores correntes, o produto somou R$ 2,4 trilhões.

Os resultados vieram em linha com a maioria das projeções de instituições e analistas financeiro. Indicam que o PIB deverá ficar pouco acima de 2% neste ano, completando um ciclo de economia de baixa atividade. No atual governo, os resultados foram de 1,2% (2019), -3,9% (2020) e 4,6% (2021).

Taxa de investimento
Ainda no segundo trimestre, a taxa de investimento foi de 18,7% do PIB. Ficou estável em relação a igual período de 2021 (18,6%). Entre 2010 e 2012, manteve-se acima dos 20%.

O crescimento do primeiro para o segundo trimestre teve resultados positivos na indústria (2,2%), nos serviços (1,3%) – responsável por aproximadamente 70% da economia – e na agropecuária (0,5%). As exportações caíram 2,5%, enquanto as importações cresceram 7,6%. A Formação Bruta de Capital Fixo, indicador de investimento, aumentou 4,8%. Já o consumo das famílias subiu 2,6%.

Consumo das famílias
Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a agropecuária caiu 2,5%, com destaque para soja (-12%) e arroz (-8,5%), enquanto milho (27%) e café (8,6%) tiveram alta. A indústria cresceu 1,9%, destacando a construção (9,9%). Os serviços, por sua vez, tiveram alta de 4,5%. O consumo das famílias cresceu 5,3% – o IBGE credita o resultado à maior massa salarial, aumento de crédito e liberação de saque extraordinário do FGTS, além de antecipação do 13º para aposentados. A FBCF subiu 1,5%. Exportações (-4,8%) e importações (-1,1%) caíram.

Já o resultado acumulado em quatro trimestres, até junho, mostra alta dos serviços: 4,3%. A indústria ficou estável (0,1%, com -2,9% no setor de transformação) e a agropecuária registrou queda (-5,5%). A FBCF cresceu 3,5% e o consumo das famílias, 3,4%. Tanto exportações como importações avançaram nesse período, com 2,3% e 2%, respectivamente.

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