
MANAUS, 29/04/2014. FOTO: ROBERVALDO ROCHA / CMM
Entre 1940 e 2016 a expectativa de vida do brasileiro ao nascer aumentou 30,3 anos. Hoje esta expectativa é de 75,8 anos.
Entretanto, embora a média tenha aumentado em todo o país, existem grandes diferenças entre os estados. Conforme a histórica desigualdade regional, estados do Norte e do Nordeste apresentam as menores expectativas de vida: 70,6 anos no Maranhão e 71,1 anos do Piauí, enquanto em São Paulo a expectativa chega 78,1 anos e, em Santa Catarina, 79,1.
De acordo com o pesquisador do IBGE, Fernando Albuquerque, os brasileiros vivem mais porque, a partir de 1940, a incorporação dos avanços da medicina às políticas de saúde pública como: campanhas de vacinação em massa, atenção ao pré-natal, incentivo ao aleitamento materno, contratação de agentes comunitários de saúde e programas de nutrição infantil, permitiu ao país ter sua primeira fase de transição demográfica, caracterizada pelo início da queda das taxas de mortalidade e pelo chamado “envelhecimento da população”.
Em 1940, de cada mil crianças nascidas vivas no país, 156 não chegavam a completar um ano. Hoje a mortalidade infantil é de 13 por mil. E esta taxa de mortalidade foi expandida para a toda a população também.
Fator previdenciário
Estes dados, divulgados na última sexta-feira (1), são usados como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário, no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.
Mas eles não refletem a situação econômica e social dos idosos.
Apesar de ter apresentado um aumento de na expectativa de vida da população entre , o Brasil ainda está abaixo de países como Japão, Itália, Singapura e Suíça, que em 2015 tinham o indicador na faixa dos 83 anos.
Embora o aumento da expectativa de vida seja um dado positivo, ele não está acompanhado de uma qualidade de vida satisfatória.
No relatório Global AgeWatch Index de 2015 a qualidade de vida de idosos brasileiros estava em 56º no ranking mundial dos melhores países para idosos.