PUBLICADO EM 16 de mar de 2022
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O Brasil tem potencial para ser muito mais desenvolvido, mas precisa investimento

Foto: Pixabay

A Inteligência Artificial (IA) e o sensoriamento remoto podem melhorar a cadeia de suprimentos (supply chain) em grandes empresas e indústrias otimizando o caminho dos produtos, da matéria-prima ao consumidor final.

Para o professor de Engenharia Mecatrônica da Escola Politécnica (Poli) e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), Paulo Miyagi, a Inteligência Artificial, que consiste em um sistema que utiliza dados e informações coletadas para auxiliar na tomada de decisões, pode ajudar as empresas a explorar melhor seu potencial de produtividade. Em situações adversas que afetam a cadeia logística e o fornecimento de produtos, como catástrofes e guerras, por exemplo.

Ao Jornal da USP o professor disse que o Brasil tem potencial para ser muito mais desenvolvido neste setor uma vez que “Existe um mercado consumidor e existe a necessidade de ter sistemas de fornecimento de produtos aqui também”. “A gente poderia estar melhor e temos que investir mais”, afirmou Miyagi.

Entretanto o nível de industrialização e em inovações vem caindo abruptamente nos últimos anos.

Segundo informou o jornal O Globo nesta quarta (16), um levantamento da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) mostrou que indústria brasileira deixou de produzir o equivalente a R$ 2,9 trilhões entre 2015 e 2021, na comparação com o que produziu entre 1995 e 2014.

Um artigo escrito por sindicalistas e publicado na Folha de São Paulo em novembro de 2021 mostra diversos dados desse cenário de desindustrialização. No artigo eles dizem que: ”

Com a aposta deliberada dos últimos governos no setor primário e extrativista, em detrimento do industrial, o Brasil reitera sua posição no cenário internacional como exportador de commodities e importador de tecnologia” e que “a modernização não nasce da retirada de direitos, mas sim de políticas de Estado que fomentem industrialização, infraestrutura, educação, pesquisas, inovações e apoio às micros e pequenas empresas, além de programas de geração de empregos e distribuição de renda para vencer a pobreza com justiça social, sustentabilidade, liberdade e democracia”.

Trata-se de implementar um projeto de desenvolvimento que impulsione essa cadeia de inovações e de otimização das indústrias e das empresas.

Fonte: Jornal da USP e O Globo

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