Foto: Valdir Lopes/Sindicato dos Bancários do ABC
A subsede da CUT-SP no ABC Paulista iniciou na última quarta-feira, 24 de maio, a série de plenárias que serão realizadas em cada subsede da Central pelo estado de São Paulo.
A atividade ocorreu em auditório lotado na sede do SindSaúde ABC, em Santo André, e contou com a participação de lideranças de mais de vinte sindicatos CUTsitas da região.
Os encontros têm o propósito de discutir a conjuntura política e atualizar as estratégias de luta com base nos ramos que atuam nos territórios. As plenárias também são uma etapa de preparação dos sindicalistas e das sindicalistas para o 16º Congresso Estadual da CUT-SP (CeCUT), prevista para os dias 25, 26 e 27 de agosto na Praia Grande (SP), e para o 14º Congresso Nacional da CUT (ConCUT), em outubro.
Secretário-geral da CUT-SP, Daniel Calazans destacou a simbologia de iniciar o ciclo de plenárias no ABC, considerado um dos berços do movimento sindical e da luta contra a ditadura no país. “É muito bom ver companheiros e companheiras com disposição de luta para debater o Brasil, o tipo de trabalho e a sociedade que queremos. Nos reunimos para fortalecer a democracia, mas não a burguesa, onde a classe trabalhadora não está no orçamento, e, sim, a que nos incluí nessa construção política”, disse o dirigente.
Em um dos momentos do debate, os participantes apontaram que as cidades do Grande ABC precisam estabelecer política de recuperação da indústria na região, que tem como consequência a geração de empregos e renda. Mas destacaram que esse debate precisa ter a participação dos sindicatos e o fortalecimento do Consórcio Intermunicipal ABC. Também disseram, em análise mediada por Raimundo Suzart, do Sindicato dos Químicos do ABC, que a volta de Lula à Presidência da República é uma oportunidade de estabelecer o diálogo entre todos os setores.
O Grande ABC é formado por sete cidades (Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul), e concentra fábricas onde ocorreram importantes greves e mobilizações da luta operária, bem como possibilitou o surgimento de lideranças populares, como o próprio Lula.
Na avaliação de José Freire, secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-SP, a representatividade de sindicatos na plenária é uma mostra do que esperar dos congressos. “Tivemos aqui uma boa preparatória para que os nossos sindicatos possam tirar suas delegações e se preparar para o debate aos congressos que, sem dúvidas, serão um sucesso para todas as categorias de trabalhadores e de trabalhadoras”, falou o dirigente, que conduziu o encontro ao lado da secretária de Assuntos Jurídicos da CUT-SP, Vivia Martins.
Almir Mizito, presidente do SindSaúde ABC, também celebrou o número de participantes no evento. “Ficamos honrados por sediar a primeira de 19 plenárias preparatórias aos congressos que a CUT São Paulo irá realizar pelo estado e também satisfeitos em ver nossa casa cheia de dirigentes comprometidos em com a luta por mais democracia, emprego e participação política de toda a sociedade, que são as propostas dos congressos da Central”, disse.
Nova coordenação
Na Plenária, os participantes também definiram Cleide Tameirão de Almeida como a nova coordenadora da subsede no ABC. Ela substitui o bancário Otoni Pedro, que deixou a função para assumir outro projeto pessoal.
Cleide é motorista de ônibus e também dirigente do Sintetra ABC (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC) e da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística). É formada em Gestão Pública, com extensão em Política Pública e Debate, e já coordenou os coletivos de Política Sindical e das Mulheres na CUT ABC.
“Estou feliz em assumir essa responsabilidade e agradeço ao meu sindicato por essa indicação e a todos os presidentes dos sindicatos do ABC, que acolheram meu nome. Estarei empenhada para fazer o melhor, pois tenho a plena convicção de apoio dos meus pares”, afirmou Cleide.
As subsedes da CUT foram criadas para permitir a regionalização da Central no estado, garantindo a representação e ampliação da luta. As subsedes têm a responsabilidade de ajudar os ramos e os sindicatos a implementar as orientações, resoluções e deliberações do plano de lutas. As plenárias pelas 19 subsedes, mais a capital, irão ocorrer no período entre 24 de maio e 29 de junho.
Fonte: CUT São Paulo
