Morre frentista após explosão durante abastecimento de GNV no Centro do Rio
O frentista Paulo Barbosa dos Santos, de 60 anos, morreu neste fim de semana no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio. Ele foi levado para o hospital em estado grave, após sofrer uma grave lesão causada pela explosão de um cilindro de Gás Natural Veicular (GNV) no Posto Cruz Vermelha, no Centro.
Paulo dos Santos perdeu uma mão e um braço no acidente, sendo submetido a uma cirurgia e tendo sido entubado. Infelizmente, o nosso companheiro não resistiu às lesões. O motorista do veículo também morreu.
Apesar da gravidade do acidente, o posto permanece funcionando normalmente. Paulo era bastante querido pelos colegas de trabalho devido à sua energia e alegria.
A diretoria do Sinpospetro-RJ lamenta pelo falecimento trágico que poderia ter sido evitado caso as leis que garantem maior segurança no ambiente de trabalho fossem cumpridas.
A vice-presidente da entidade, Aparecida Evaristo, acompanha o caso.
Falta de fiscalização
Embora os funcionários de postos de combustíveis sejam qualificados de acordo com as normas de segurança e saúde, este trágico acidente mostra que a falta de fiscalização é a principal responsável pelas explosões de cilindros de GNV.
No município do Rio de Janeiro, a lei 7.024/2021 proíbe os postos de combustíveis de abastecer carros com Gás Natural Veicular que não apresentem o selo garantidor para o seu uso.
A legislação, no entanto, não estabelece quem é o responsável pela fiscalização.
Geralmente, o acidente ocorre porque o cilindro está em más condições. O risco é ainda maior quando a instalação é realizada em oficinas clandestinas.
Qualificação profissional
O sindicato oferece cursos gratuitos de qualificação profissional para os frentistas.
O site da entidade disponibiliza um curso online desenvolvido pela Agência Nacional do Petróleo para treinamento de frentistas. O curso tem dois módulos específicos para o abastecimento seguro com GNV. Contudo, isso não é suficiente para salvar a vida do trabalhador devido às irregularidades e à falta de fiscalização do Estado.
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