Foto: Adonis Guerra

Os trabalhadores nas empresas GL e Evacon, em Diadema, e Apema, em São Bernardo, aprovaram a disposição de luta na Campanha Salarial, durante assembleias realizadas ontem nas fábricas.

Em Diadema, estiveram presentes os coordenadores das três regionais para conversar com a companheirada sobre os desafios colocados nas negociações com as bancadas patronais.

Na GL onde se reuniram também os companheiros na Evacon, o secretário-geral da FEM/CUT (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT), Ângelo Máximo Pinho, o Max, lembrou que as assembleias estão sendo realizadas em todo o estado de São Paulo e citou as diversas retiradas de direitos trabalhistas, sendo a mais recente a MP 1045.

“O papel da Federação é organizar a classe trabalhadora em torno do mesmo objetivo, um bom resultado na Campanha Salarial. A classe patronal está pondo diversos empecilhos, mas eles se articularam para colocar o governo que aí está e todos sabemos os efeitos disso, muita retirada de direitos. Temos que perceber o que está acontecendo e nos unir para defender nossos interesses”.

Coordenadores

“Este é um momento histórico, são as três regionais juntas iniciando as assembleias na cidade de Diadema em busca de um resultado que satisfaça a classe trabalhadora. Negociar a Campanha Salarial nunca foi fácil e neste momento vamos precisar de muita união para atingir nossos objetivos”, reforçou o coordenador de São Bernardo, Genildo Dias Pereira, o Gaúcho.

O coordenador da Regional Diadema, Antonio Claudiano da Silva, o Da Lua, destacou a necessidade de buscar o aumento real diante da alta da inflação. “Temos visto como os preços estão aumentando, sem que haja nenhuma proposta para barrar a inflação. A situação é muito difícil para a classe trabalhadora, não podemos baixar a cabeça e achar que as coisas vão vir de graça, precisamos estar organizados para conquistar um bom aumento real”.

O coordenador da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, criticou a postura da classe patronal. “Os patrões têm a cara de pau de falar que a situação está difícil. Várias empresas colocaram muito dinheiro no bolso durante a pandemia. Vai ter aumento sim, vai ter porque vamos lutar por ele, porque nós merecemos”.

Apema

Na Apema, o vice-presidente do Sindicato, Claudionor Nascimento, lembrou que o resultado das negociações de Campanha Salarial depende muito da mobilização do conjunto da classe trabalhadora.

“Os trabalhadores precisam estar unidos e atentos, porque se depender dos patrões o resultado nunca será bom. Nos momentos em que tivemos avanços e conquistas foi por conta da unidade e luta dos trabalhadores e trabalhadoras. O mundo é de quem levanta a cabeça e vai pra cima”, chamou.

Na mesma assembleia os trabalhadores aprovaram a PLR negociada pelo Sindicato. O valor será pago em duas parcelas, a primeira neste mês e a segunda em fevereiro de 2022. Também foi aprovada a taxa negocial, quem ficar sócio até o próximo dia 20 está isento.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC