Na manhã desta terça(03) os metalúrgicos do 1º turno da Renault aprovaram em assembleia liderada pelo SMC na porta de fábrica prazo de 72h para a montadora se reunir com o Sindicato e apresentar nova proposta de PLR (2022/23) junto ao Ministério do Trabalho.
Hoje à tarde o encaminhamento será ratificado com os trabalhadores do 2º turno.
(O 1º turno corresponde a maioria da linha de produção)
O ajuste reivindicado na nova proposta refere-se principalmente ao atingimento das metas (198 mil veículos ano) já que a empresa alterou as bases do Acordo Coletivo de Trabalho(ACT) firmado em 2020, conquistado após a greve dos 747.
O número de trabalhadores reduziu de cerca de 7 mil(2020) para cerca de 5 mil atualmente e velocidade da linha de produção baixou de 60 p/hora (2020-2 turnos) para 52 p/hora – 27p/hora (2022-1 turno e meio).
Mesmo atingindo os 198 mil automóveis no ano, o valor total projetado da PLR (R$ 15.400,00), está abaixo do esperado, inclusive inferior aos acordos fechados nas autopeças.
“Sabemos que estabelecemos um acordo de 4 anos, mas de 2 em 2 anos a legislação obriga fazer novo acordo”, alertou o presidente do SMC, Sérgio Butka, na porta de fábrica.
Caso não haja avanço até esta sexta-feira (6) um greve por tempo indeterminado poderá ser deflagrada.
Situada em São José dos Pinhais, a Renault emprega cerca de 5 mil trabalhadores que produzem os modelos Duster, Captour, Kwid, Sandero, Logan, Oroch e Master. A unidade brasileira ainda conta com uma fábrica de motores.
Fonte: SMC