PUBLICADO EM 13 de out de 2022
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Metalúrgicos da Embraer EGM aderem a paralisação por aumento real e direitos

Foto: Roosevelt Cássio

Os trabalhadores da Embraer de Eugênio de Melo, em São José dos Campos, pararam as atividades por uma hora, nesta quinta-feira (13). O protesto, votado em assembleia, ocorreu para exigir da empresa o aumento real de salário e a manutenção dos direitos previstos em convenção coletiva.

Cerca de 400 trabalhadores, todos do 1º turno, participaram da paralisação. Eles reivindicam 14% de reajuste, vale-compras de R$ 800 mensais para todos da fábrica, renovação da convenção coletiva, Plano de Cargos e Salários (PCS) e proibição da terceirização da produção da empresa.

Na terça (11), os metalúrgicos da unidade Faria Lima também cruzaram os braços. No mesmo dia, o Sindicato se reuniu com representantes da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para negociação da Campanha Salarial do setor aeronáutico da região. Porém, não houve avanço nas propostas dos patrões.

A Fiesp continuou propondo apenas a reposição da inflação (8,83%) aos salários, vale-compras de R$ 300 para trabalhadores que ganham até R$ 6.700 e liberação da terceirização na fábrica. Os trabalhadores rejeitaram essa oferta.

Uma nova reunião entre Sindicato e Fiesp está marcada para a próxima terça (18).

Desde 2018, a Embraer se recusa a assinar a convenção coletiva dos metalúrgicos. Com o aviso de greve, se não houver avanço nas negociações, poderá ocorrer nova paralisação.

“Em diversas fábricas da região, os metalúrgicos conquistaram aumento real nos salários, renovação dos direitos e vale-alimentação. É um absurdo que a maior metalúrgica da região e uma das principais fabricantes de aviões do mundo mantenha essa intransigência. O aviso está dado. A qualquer momento podemos iniciar a greve”, afirma o diretor do Sindicato André Luís Gonçalves, o Alemão.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

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