PUBLICADO EM 28 de jul de 2022
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Metalúrgicas da Rosenberger Domex rejeitam proposta de PLR por unanimidade

Foto: Roosevelt Cássio

As metalúrgicas da Rosenberger Domex, em Caçapava, rejeitaram a proposta de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) apresentada pela empresa. A votação ocorreu em três assembleias, nesta terça-feira (26).

A reivindicação é de R$ 5.000. Porém, a fábrica apresentou uma proposta rebaixada, no valor de R$ 3.300. Tanto as trabalhadoras da produção quanto as do administrativo rejeitaram a proposta por unanimidade.

Com isso, o Sindicato continuará as negociações com a direção da Rosenberger Domex. Uma reunião está marcada para quinta-feira (28), às 9 horas.

“A fábrica tem plenas condições de pagar uma PLR maior. Com a vinda da tecnologia 5G para o Brasil, a produção está a todo vapor, mas a Domex não quer dividir seus lucros com as companheiras. Por isso, a mobilização já começou. Vamos exigir um valor maior e não aceitaremos uma PLR rebaixada”, afirma a diretora do Sindicato Jenniffer de Sales Ferreira.

A Rosenberger Domex faz parte do setor de telecomunicações e tem cerca de 300 trabalhadoras.

Campanha Salarial

Nas assembleias de hoje, as metalúrgicas também aprovaram a pauta da Campanha Salarial. Neste ano, a categoria reivindica 18% de aumento, gatilho salarial de 5%, estabilidade no emprego e ampliação de direitos.

Também foi apresentada a pauta específica para a mulher metalúrgica. Entre as principais reivindicações estão a extensão do prazo do auxílio-creche para 48 meses, kit escolar, ampliação do abono de atestado de acompanhante médico e expansão da licença remunerada para mulheres vítimas de violência doméstica, tanto em tempo quanto em número de fábricas. A luta também busca equiparar os salários de homens, mulheres e LGBTIs.

“Nós, mulheres, representamos 80% do quadro da Domex e vamos lutar para ampliar nossos direitos. As cláusulas sociais específicas para as metalúrgicas são fundamentais, principalmente no momento que vivemos, em que somos castigadas não só pela crise econômica, mas também pela violência machista”, completou Jenniffer.

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos

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