“Esse governo (Bolsonaro) não deixará saudade em ninguém. O ministro (da fazenda) Paulo Guedes está acabando com o país”. São palavras do presidente da federação dos trabalhadores em transportes rodoviários do estado de São Paulo (Fttresp), Valdir de Souza Pestana.

Ele participou de ‘live’ do sindicato dos condutores em transportes rodoviários de cargas próprias de São Paulo (Sindicapro), na tarde desta quarta-feira (28), quando abordou vários assuntos de interesse da categoria, entre eles a representação sindical dos trabalhadores.

Também presidente do sindicato dos rodoviários de Santos (Sindrod), Pestana apontou que tramita, “nas madrugadas da câmara e senado, uma constante reforma sindical e trabalhista em prejuízo dos assalariados”. E lamentou que muitos sindicatos e trabalhadores estejam “anestesiados”.

O sindicalista comparou o procedimento de Jair Bolsonaro com o do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em relação ao movimento sindical. Ponderou que o estadunidense vem incentivando a atividade dos sindicatos no país, enquanto aqui acontece o contrário.

Novo normal

Ainda referindo-se a presidentes, Pestana citou Lula: “Ele está voltando. Muitos falam mal dele, mas a verdade é que estou sentindo saudades (do governo dele, entre 2003 e 2011)”. Ele acha, porém, que pouca coisa mudará em relação à história do Brasil.

“O novo normal não terá nada de novo”, disse o sindicalista, respondendo a pergunta do apresentador Willian Ribeiro, da TV Cargas. “Pouco muda na história do Brasil com o passar do tempo”. Para ele, hoje, a situação é favorável ao sistema financeiro e ao agronegócio. “Nem para a indústria a conjuntura é favorável”.

Disponível no ‘LINK’ , a entrevista versou ainda sobre a nova medida provisória de Bolsonaro que permite a redução de jornada de trabalho e de salários, vacinas contra covid-19, código brasileiro de trânsito, imposto sindical e outros assuntos.