PUBLICADO EM 29 de set de 2023
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Desemprego alcança no país o menor índice desde 2015

Emprego aumenta nas Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas foi um dos destaques. Foto: Pixabay

Emprego aumenta nas Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas foi um dos destaques. Foto: Pixabay

O emprego melhora no Brasil. No trimestre encerrado em agosto de 2023, a taxa de desocupação no Brasil registrou um significativo declínio, atingindo o patamar de 7,8%.

Esse número representa uma queda de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. É a taxa mais baixa desde fevereiro de 2015, quando se situou em 7,5%. Ao comparar com o mesmo período de 2022, a taxa de desocupação apresenta uma redução de 1,1 ponto percentual.

Essas informações foram divulgadas hoje, 29 de setembro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O contingente de pessoas desocupadas no país atingiu 8,4 milhões durante o trimestre encerrado em agosto de 2023, representando o menor número desde o trimestre móvel finalizado em junho de 2015, quando foi registrado um total de 8,5 milhões de desempregados.

Esse dado reflete uma diminuição de 5,9% em comparação com o trimestre que se encerrou em maio de 2023, indicando uma redução de 528 mil pessoas desempregadas em todo o país.

Em uma análise anual, essa queda se torna ainda mais expressiva, chegando a 13,2%, o que equivale a uma diminuição de 1,3 milhão de pessoas desocupadas.

Setores que se destacaram em novos empregos

Três grupos de atividades se destacaram pelo desempenho positivo no mercado de trabalho.

O setor de Serviços Domésticos registrou a maior variação, com um aumento de 2,9%, o que corresponde a 164 mil pessoas ocupadas a mais. Em seguida, o grupo que engloba Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde e Serviços Sociais apresentou um crescimento de 2,4%, representando um acréscimo de 422 mil pessoas, principalmente nas áreas de Saúde e Educação pública.

Por último, o grupo de Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas teve uma expansão de 2,3%, com 275 mil pessoas ocupadas adicionais.

É importante destacar que, de forma geral, nenhum outro grupo registrou perda estatística de trabalhadores, mas esses três grupos desempenharam um papel significativo na absorção de trabalhadores.

Aumentou a subocupação

A pesquisa também revelou que a população subocupada devido à insuficiência de horas trabalhadas aumentou em 3,9% (199 mil pessoas) durante o trimestre, totalizando 5,3 milhões de pessoas.

No entanto, em uma análise anual, essa categoria apresentou uma queda de 17,3%, representando uma diminuição de 1,1 milhão de pessoas.

Além disso, a população fora da força de trabalho foi de 66,8 milhões, registrando uma queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior (347 mil pessoas a menos) e um aumento de 3,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior (2,2 milhões de pessoas a mais).

Emprego com Carteira assinada

Outro destaque da pesquisa é o aumento no número de empregados com carteira assinada no setor privado, excluindo trabalhadores domésticos.

Esse contingente atingiu 37,248 milhões, o maior desde fevereiro de 2015, representando um aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior (422 mil pessoas a mais) e um crescimento de 3,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior (1,3 milhão de pessoas adicionais).

Também houve um aumento no número de empregados sem carteira no setor privado, totalizando 13,2 milhões de pessoas, um aumento de 2,1% no trimestre (266 mil pessoas a mais), mas mantendo-se estável na comparação anual.

Além disso, a pesquisa observou estabilidade no número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) e na quantidade de empregados no setor público (12,2 milhões de pessoas).

O contingente de trabalhadores por conta própria permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, mas apresentou uma queda de 2% no ano, resultando em uma perda de 509 mil pessoas.

No caso dos trabalhadores domésticos, houve um aumento de 2,8% em relação ao trimestre encerrado em maio, chegando a 5,9 milhões de pessoas.

Rendimento médio continuou estável

Por fim, em relação aos rendimentos, o rendimento real habitual no trimestre encerrado em agosto permaneceu estável em comparação com o trimestre de maio, mantendo-se em R$ 2.947.

Em uma análise anual, esse valor representa um crescimento de 4,6%. A massa de rendimento real habitual atingiu R$ 288,9 bilhões, alcançando um recorde na série histórica, com um aumento de 2,4% em relação ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.

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