PUBLICADO EM 08 de abr de 2022
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CSN vê paralisações por salário e direitos avançarem em suas unidades

A coragem é contagiante! Após uma semana de forte greve na CSN Mineração, em Congonhas (MG), agora é a vez dos trabalhadores da UPV (Unidade Presidente Vargas), em Volta Redonda (RJ), também realizarem paralisações na luta por salário, direitos e vida digna.

O movimento dos companheiros e companheiras cariocas vem em uma crescente e desafia a direção do sindicato da categoria que faz de tudo para frear a luta. Desde a segunda-feira (4), ocorrem mobilizações e paralisações dos funcionários no interior da planta.

Na madrugada desta quinta-feira (7), a oposição metalúrgica ligada à CSP-Conlutas realizou uma atividade na entrada dos trabalhadores. Posteriormente, houve uma assembleia onde os operários também criticaram a proposta de acordo coletivo apresentada pela empresa.

A direção da CSN ofereceu reajuste salarial baseado no valor dos salários e com índice máximo de 8,1%. A quantia sequer cobre a inflação dos últimos 12 meses (10,74%) e está muito longe dos 30% exigidos pelos trabalhadores e que igualaria as perdas salariais dos últimos três anos.

Na lista de reivindicações dos trabalhadores também consta melhorias na PLR, cartão alimentação de R$ 800, bônus extra no Natal, piso salarial de R$ 1.815, equiparação salarial, implementação do plano de carreira e estabilidade no emprego.

Itens como o banco de horas e abono, fortemente criticados pelos funcionários, continuam no documento apresentado pela patronal. O sindicato da categoria convocou uma assembleia para a sexta-feira (8), para decidir sobre o acordo.

Solidariedade

Uma das lideranças da paralisação que ocorre na CSN Mineração, em Congonhas, o presidente do Sindicato Metabase Inconfidentes, Duda, esteve presente na mobilização desta quinta em Volta Redonda para levar solidariedade e defender a importância da unificação das lutas.

“Temos que potencializar esse movimento muito importante e histórico que ocorre na CSN. Vamos arrancar as nossas reivindicações e denunciar a picaretagem que Streinbuch faz contra o trabalhador”, afirma Duda, em vídeo compartilhado nas redes sociais.

Sérgio Paes, dos petroleiros do Rio de Janeiro, e ativistas da CTB também marcaram presença. O Sindicato dos Portuários do Rio de Janeiro manifestou apoio ao movimento na CSN UPV.

Desde a terça-feira (5), os trabalhadores do porto Itaguaí também tem realizado paralisações e chamando a atenção para a necessidade da greve.

Unificar as lutas

As crises econômica, política e social que acometem o país têm obrigado diversas categorias a deflagrarem greves. Os metroviários de Belo Horizonte (MG), garis do Rio de Janeiro (RJ), rodoviários de São Luis (MA), professores no Piauí, Goiás, Minas Gerais, Pará, metalúrgicos da Avibras, em São José dos Campos (SP), são alguns exemplos.

No último mês, também ocorreram grandes manifestações de movimentos por moradia pela campanha Despejo Zero. Indígenas de todo o país também se reúnem em Brasília na luta pela terra e defesa dos direitos.

Por isso, a CSP-Conlutas reitera a importância da unificação das lutas que deve estar à serviço da construção de uma greve geral que derrube o governo Bolsonaro. Os atos de rua no sábado (9), devem ser um novo passo rumo a paralisação que atinja de norte a sul deste país.

Fonte: CSP-Conlutas

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