No Brasil e em diversos outros países se comemora nesse mês de Outubro o Dia do Trabalhador da Construção. A origem seria, segundo alguns, a celebração da revolução proletária na Rússia no outubro de 1917. Outros mencionam o dia do padroeiro religioso da profissão, São Judas Tadeu, 28 de outubro. Seja qual for a origem, o que importa é o reconhecimento generalizado da importância do trabalho daqueles que constroem o futuro de cada país e que estiveram na linha de frente do combate ao COVID19 montando os hospitais de campanha e garantindo o funcionamento de rodovias e outros bens públicos e privados.
Esse reconhecimento não é suficiente, entretanto, para garantir à maior parte dos homens e mulheres da construção um trabalho decente, com salário digno, com garantias de segurança e saúde contra os perigos da profissão, com garantia de emprego, com proteção social para a eventualidade de uma enfermidade e uma aposentadoria confortável.
A alta rotatividade no emprego e a flexibilização de direitos relacionados ao contrato de trabalho, levaram um grande contingente desses trabalhadores para a informalidade ou ao trabalho por conta própria, transfigurados em MEIs e PJs no caso do Brasil, com baixo poder de negociação frente ao contratante de um lado e sem a devida proteção do Sindicato, de outro. O resultado é a desvalorização do trabalho, a perda de direitos e o enfraquecimento do sindicato. Todos perdem, com exceção do tomador de serviço ou empresa, cada vez mais desconfigurado em uma complexa cadeia de valores. Esse é um fenômeno global que não será resolvido pelos atores no âmbito local ou nacional, mas que tampouco o será se não houver o compromisso e a interferência desses, no âmbito internacional.
Esse é o desafio colocado para os sindicatos de trabalhadores do setor: não voltar àquela “normalidade” marcada pela informalidade que mata mais que o COVID19 e sim, continuar construindo um futuro regrado por direitos garantidos em lei ou convenções coletivas de trabalho empoderadas. E para isso, é necessário aumentar a representatividade e a capacidade de representação do sindicato, independente de onde venha a inspiração, se da revolução de 1917 ou de São Judas Tadeu. Ou dos dois.
Nilton Freitas, especialista em Relações Internacionais, representante Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM) na América Latina e Caribe.
Nilson Duarte Costa
Parabéns Nilton pelos seus comentários referente aos 1917 ou São Judas Tadeu. Em 1o de fevereiro de 2005 conquistamos o feriado da construção Pesada do Rio de Janeiro sendo na terceira segunda-feiras do mês de OUTUBRO. Com relação a representatividade maior, será necessário nos reorganizarmos no sentido de UNIDADE e não nas divisões que hoje ainda existe dentro do próprio movimento sindical .porque a reforma trabalhista já aconteceu onde muitos direitos de representação tínhamos e foram retirados, daí a importância de UNIRMOS PRA COMBATER AS PERDAS QUE TIVEMOS NAQUELA REGORNA.de 2017
Irailson Warneaux Gazo
Perfeito,irei reverberar, parabéns
Irailson Warneaux Gazo
Muito bom ,gostei ., Vou reproduzir
jose lopez
iimportante iniciativa muy consecuentemente con lo que representamos los trabajadores de nuestro sector en la dinamización económica laboral en nuestros países