PUBLICADO EM 30 de nov de 2018
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Todos os dias chegam até a mim mensagens de pessoas que perderam seus empregos

Todos os dias chegam até a mim mensagens de pessoas que perderam seus empregos ou de quem está há de um ano tentando se inserir no mercado de trabalho. Eles também me param nas ruas para falar do grande problema que vive o nosso país, desde 2014. É triste ver pais e mães de família em busca de vagas e encontrarem as portas fechadas.

Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apresentados em setembro apontaram uma redução na taxa de desemprego em todo Brasil, representando queda de 0,6 ponto percentual em relação ao ano passado. De acordo com o Instituto, 500 mil pessoas conseguiram um novo emprego. Apesar do resultado, essa queda não representa muito pouco diante dos 12,7 milhões de desempregados no país, a maioria trabalhadores assalariados, moradores da periferia.

Todos os dias chegam até a mim mensagens de pessoas que perderam seus empregos ou de quem está há de um ano tentando se inserir no mercado de trabalho. Eles também me param nas ruas para falar do grande problema que vive o nosso país, desde 2014. É triste ver pais e mães de família em busca de vagas e encontrarem as portas fechadas.

Sabemos que muitos fatores contribuem para este caos do desemprego, entre esses estão a crise econômica; os altos impostos pagos pelas empresas; a falta de incentivo às indústrias e as micro e pequenas empresas e as altas taxas de juros. Mas também temos um outro problema, a falta de qualificação profissional.

Trabalhadores sem profissão são mais difíceis de se inserir no mercado de trabalho. Esse é mais um dos motivos que obrigam milhares de homens e mulheres a buscarem alternativas na informalidade, que cresce a cada ano. O Brasil tem quase 38 milhões de pessoas na informalidade, o que dificulta a recuperação econômica. E a crise não é por culpa delas, afinal, as pessoas precisam comer, pagar as contas e sustentar as suas famílias.

Boa parte da solução está nas mãos do governo, que precisa dar incentivo às indústrias; facilitar o crédito para micro e pequenas empresas e reduzir a burocracia na abertura de empresas. Estas seriam algumas das decisões para melhorar a nossa economia e retirar milhões do mercado informal.

Quanto a capacitação profissional, os gestores municipais, estaduais e, também, o governo federal, deveriam investir na qualificação e criar programas eficientes para inserir os jovens no mercado de trabalho, que são os mais afetados pelo desemprego devido à ausência de experiência. Isso porque observamos que a falta de qualificação profissional decorre da deficiência estrutural na educação. Estão diretamente conectados e precisamos trabalhar neste ponto. Afinal, todos os anos, milhares de jovens se formam no Ensino Médio sem nenhuma expectativa profissional.

Por valorizar a qualificação, durante os meus mandatos, busquei junto aos governos estadual e federal levar cursos profissionais para jovens e adultos da capital e do interior paulista. Muita gente que foi beneficiada conseguiu emprego e outras abriram o próprio negócio. Como vê, atitudes simples e eficazes podem mudar a vida de muita gente.

Emprego gera renda e move a economia e deve ser prioridade de qualquer governo, a começar pela profissionalização de nossos jovens tão carentes de oportunidades.

Contem comigo para continuar nesta luta!

Paulinho da Força – deputado federal e presidente nacional do Solidariedade.

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