Os grandes idealizadores do golpe contra a presidenta eleita democraticamente em 2014, Dilma Rousseff, principalmente do PSDB e MDB, agora sofrem, e muito, de arrependimento.
Os dois partidos saíram destas eleições totalmente enfraquecidos, em especial o PSDB, com significativa diminuição do número de senadores, deputados e governadores.
Pior, nos deparamos com o crescimento de um partido, o PSL, que pode eleger um presidente, na minha modesta opinião, o pior da história do Brasil até o momento.
E pior para nós, trabalhadores, um presidente e um congresso nacional totalmente contrários aos direitos trabalhistas, sociais e das minorias.
Um presidente defensor da expulsão dos opositores, homofóbico, racista, para quem índios, quilombolas e nordestinos não servem para nada. Mesmo assim, ‘mito’ para quase 70% dos eleitores.
Não só os golpistas do PSDB e MDB criaram condições para surgir o ‘mito’. O PT tem culpa. Mesmo com significativos avanços sociais, não combateu um dos piores vícios da humanidade: a corrupção.
Essa herança da nossa história, muito desfraldada nos últimos anos, fez surgir em grande parte da população o antipetismo que leva desavisados a sentirem falta de gente como Collor e FHC.
Se tomar posse em 2019, o virtual presidente do PSL terá que conviver, no congresso, uma experiência que em sua campanha ele não praticou: o contato com seus opositores.
O candidato do PSL usou e abusou de uma nova ferramenta nas campanhas políticas, as redes sociais. As besteiras que o candidato escreveu não tinham como ser questionadas.
Além das ‘fake news’, não houve o contato social. Bolsonaro não participou de nenhum debate no segundo turno, em total desrespeito ao direito dos eleitores o conhecerem melhor.
Com isso exposto e com base na história política, imagino um futuro extremamente complicado para o nosso belo país. E aproveito para externar minha indignação contra o sórdido candidato.
Com suas ideias e sua postura, caso eleito presidente, provavelmente tentará, a partir de 2019, impedir que eu me expresse livremente. Mas resistiremos, caso eleito, toc, toc, toc.
Zoel é professor, formado em sociologia e diretor financeiro do Sindserv (sindicato dos servidores municipais) Guarujá