A crise econômica que vive o Brasil resultou no aumento assustador do número de brasileiros que perderam poder aquisitivo. São mais de 55 milhões de pessoas vivendo na pobreza. Desse total, 15 milhões estão na extrema pobreza por conta de políticas econômicas equivocadas. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta semana.
Não precisamos ir para muito longe para ver cidadãos de todas as idades passando por privações. Infelizmente, muitos destes brasileiros recebem cerca de R$ 140 por mês. Em São Paulo, capital mais rica do país, encontramos pessoas em situações de extrema penúria nas comunidades. Isso não tem a ver apenas com a renda, mas com as condições sociais em que vivem. Estas famílias não têm moradia e quando há, se encontram em situação precária; não têm esgotamento sanitário; não têm educação e nem saúde de qualidade.
Como deputado federal tenho atuado diariamente para a mudar essa triste realidade que o Brasil vive. Votei contra a reforma trabalhista, que dificultou ainda mais a inserção no mercado de trabalho; sou contra a atual proposta da reforma da Previdência; e sou contra as altas taxas de juros cobradas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), porque prejudicam a produção industrial e aumentam o desemprego.
O meu papel como parlamentar é fazer projetos que beneficiam a população e buscam melhorias junto aos órgãos públicos estaduais. A qualificação profissional é uma das ações que mais busco para comunidades e municípios por acreditar que a especialização abre portas de empregos. O incentivo às pequenas e microempresas também tem feito parte da minha atuação na Câmara de Deputados.
Em relação às moradias, busquei junto ao governo federal e estadual recursos e a liberação de um terreno para a construção de unidades habitacionais dignas para a comunidade de Heliópolis. Os moradores ainda aguardam as casas, que dependem dos governos para serem construídas.
Para reduzir a pobreza no país, o governo precisa ter o compromisso de incentivar o crescimento industrial e de pequenas empresas, a fim de aumentar o número de vagas em todas as cidades brasileiras. Sem emprego não há renda, não há consumo, não há dignidade. Outro fator importante é investir em moradia, saúde, educação de qualidade e capacitação profissional dos nossos jovens.
O investimento em políticas públicas eficazes é o melhor caminho para tirar o nosso Brasil da maior crise econômica dos últimos anos. É vergonhoso para todos os governantes que o maior país da América Latina esteja em uma situação econômica tão precária. Quem sofre é a população.
Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força) é Deputado Federal e presidente do Solidariedade