Preparado para as armadilhas, Bolsonaro, com sofismas eloquentes, não só respondeu, como inverteu as situações, expondo os apresentadores e a Globo (em sua história), aproveitando-se também do sentimento de revolta por parte da população contra a emissora. Sentimento, muitas vezes, capaz de extrapolar as fronteiras formadas por siglas e convicções partidárias, como se vê, principalmente, nas redes sociais.
As regras do marketing político são muito claras e certeiras ao afirmarem que “boa comunicação é a aquela que se faz entender”. Quando se fala por meio de um telejornal com amplitude nacional, que atinge milhões de brasileiros, em praticamente todo território nacional, com pouca capacidade de abstração, pouco conhecimento histórico e que urge por soluções imediatistas para resolver os problemas da nação, Bolsonaro atingiu o coração e as mentes. Para os mais esclarecidos, uma minoria que não decide as eleições, Bolsonaro foi, como sempre, raso.
A culpa pela falta de capacidade crítica não pode ser atribuída ao povo, mas sim, às classes políticas, que “promoveram”, ao longo de décadas (ou séculos) um Estado que não proporciona, principalmente, uma formação educacional decente, capaz de formar cidadãos críticos. Soma-se, nesse cenário nebuloso, a ausência de uma vida digna, explicitada nos frágeis sistemas de saúde, moradia, transporte, segurança, dentre outros itens, que constituem uma sociedade civilizada. O povo é relegado à barbárie, e responde com a barbárie.
Inseridos em um sistema que só desenvolve um exército de cidadãos-brancaleones, desprovidos de tudo e alimentados pela descrença, eis o terreno fértil para germinar o discurso do ódio, de soluções imediatistas, tenebrosas e muito perigosas para o futuro da nação.
Discurso calcado no simples, mas capaz de fazer, dentre vários exemplos, com que trabalhadores, operários, pessoas que vendem sua força de trabalho a apoiarem ideias que lhes prejudicarão significativamente, como a supressão total de direitos trabalhistas. Ideia explicitada por Bolsonaro ao dizer: “a pessoa terá que optar por empregos ou por direitos”, sendo que o correto seria o povo ter trabalho e também direitos.
A classe política, relegando o povo há séculos à condição de gado, agora se depara frente ao desafio de enfrentar o monstro extremista que ela criou, forjado dentro do próprio sistema político, a partir da anti-imagem e do anti-discurso daqueles que promoveram o caos social.
Bolsonaro não é o antipolítico-gestor, mas o político-criador-critatura, que se construiu a partir da rejeição do povo às “políticas tradicionais”, daqueles que se aproximavam das massas durante os períodos eleitorais para tomar pingado e comer pão com manteiga, que depois de eleito, seguiam seu curso, “construindo” uma nação, como sempre fora na história, para poucos.
Sob o contexto de um país em que o povo não acredita mais plenamente na Justiça e sente no dia a dia os efeitos de uma crise econômica profunda, Jair Messias Bolsonaro, com discurso “sofismas simples”, surge como um novo messias para a solução das mazelas criadas pela própria classe política.
Não será tarefa simples desconstruir Bolsonaro, que entende dos mecanismos políticos e também sobre os anseios de uma imensa massa com ódio frente ao que os políticos fizeram a submeteram ao longo de inúmeros desgovernos.
Ricardo Flaitt é jornalista, assessor de imprensa do Sindicato Nacional dos Aposentados
Wilson Pelufe de carvalho
William boner se acha o homem da cocada preta só ele que quer falar e como aquele cara que eu nunca gostei chamado faustao homem não tem mais cara de apresentador e uma vergonha bom eu nunca mais olho faustao e William também já está muito ultrapassado não tem mais condições de ser um jornalista só ele que sabe más também quem comanda ali camel uma pessoa que quer mudar em tudo eu fora de clobo